O recado de Netanyahu ao novo governo da Síria
Primeiro-ministro israelense prometeu forte resposta caso Irã ou o grupo terrorista do Hezbollah tenham influência sobre novo governo sírio
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enviou um recado ao grupo terrorista Tahrir al-Sham (HTS), responsável pela queda do regime de Bashar Assad na Síria.
Em vídeo, Netanyahu prometeu uma forte resposta caso o Irã exerça influência sobre o novo governo e o Hezbollah compre armas: "
"Se o novo regime na Síria permitir que o Irã se restabeleça, ou permitir a transferência de armas para o Hezbollah, responderemos fortemente e cobraremos dele um preço elevado", escreveu no X.
Netanyahu disse ainda que "O que aconteceu com o regime anterior também acontecerá com este regime”, caso haja necessidade de garantir a segurança do próprio país.
Desde a queda de Assad, Israel observa as movimentações do novo governo de transição chefiado pelo primeiro-ministro Mohammed al-Bashir.
Militares nas Colinas de Golã
No domingo, o Exército de Israel enviou paraquedistas às zonas desmilitarizadas das Colinas de Golã na fronteira com a Síria.
A ação militar ocorre primeira vez desde 1973.
Netanyahu afirmou que a ação militar é uma "defesa temporária" para evitar o estabelecimento de milícias apoiadas pelo regime iraniano ou o grupo Hezbollah próximos à fronteira.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que a operação visa "garantir a segurança das comunidades das Colinas de Golã e dos cidadãos". o X, os militares israelenses ressaltaram que “não estão interferindo nos eventos internos na Síria”.
Ataques aéreos
Aviões israelenses bombardearam pelo menos três importantes bases aéreas do exército sírio, nesta terça-feira, 10.
As instalações militares abrigavam dezenas de helicópteros e jatos.
A base aérea de Qamishli, no nordeste da Síria, a base de Shinshar, na zona rural de Homs, e o aeroporto de Aqrba, a sudoeste da capital Damasco, foram atingidas, disseram as fontes.
Israel atacou ainda um centro de pesquisa na capital Damasco, acusado pelos Estados Unidos de produzir armas químicas, e um centro de guerra eletrônica próximo a Sayeda Zainab.
O mesmo centro em Damasco já havia sido alvo de ataques em abril de 2018.
Com os ataques, Netanyahu sinaliza uma ação preventiva para que os armamentos não fiquem sob posse do Irã, do Hezbollah ou de milícias ligadas aos seus inimigos.
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