María Corina vence Prêmio Bush-Thatcher pela Liberdade e reforça crítica a Maduro
Aliança global de centro-direita homenageou, em Washington, a líder da oposição à ditadura venezuelana e a presidente do partido Encuentro Ciudadano, Delsa Solorzano
María Corina Machado, líder da oposição ao ditador Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez na Venezuela, venceu o Prêmio Bush-Thatcher pela Liberdade, concedido pela União Democrática Internacional (IDU, na sigla em inglês), aliança global de centro-direita, sediada em Munique, com mais de 80 partidos membros, de mais de 60 países. Delsa Solorzano, presidente do partido venezuelano Encuentro Ciudadano, também foi premiada.
Homenageadas na quinta-feira, 6, durante um evento da IDU em Washington, ambas agradeceram virtualmente.
Aparecendo em telão para o público presente em auditório, María Corina se disse “profundamente emocionada” e fez um agradecimento especial ao atual presidente da IDU, Stephen Harper, chamando o ex-primeiro-ministro do Canadá (2006-2015) de “aliado de longa data da causa venezuelana”.
“Esse é um prêmio que destaca a importância da liberdade, dos direitos humanos, da democracia e do Estado de Direito, inspirado pelo legado do presidente [George H. W.] Bush [dos Estados Unidos, 1989-1993] e da primeira-ministra [Margaret] Thatcher [do Reino Unido, 1979-1990]. De fato, esses valores nos uniram como uma sociedade, como uma nação em nossa luta. Eles incorporaram o sonho de uma Venezuela livre e próspera, que nós, o povo, estamos determinados a alcançar”, afirmou Corina.
“Os resultados da eleição presidencial na Venezuela são inequívocos. A despeito da condição eleitoral mais injusta, as lideranças resilientes de oposição orquestraram uma mobilização histórica. Esse esforço épico levou Edmundo González Urrutia a tornar-se o presidente eleito da Venezuela, com mais de 70% dos votos. Esse é um trabalho sem pretendentes de mais de 1 milhão de voluntários espalhados por todo o país, que foram capazes de coletar e digitalizar mais de 85% dos boletins eleitorais, dos boletins eleitorais oficiais, produzidos pelas máquinas de votação”, completou a líder da oposição a Maduro.
O partido de Delsa Solorzano celebrou no X o prêmio concedido a ela e Corina:
“Esta homenagem reconhece a dedicação e o esforço que a nossa presidente tem feito ao longo destes 25 anos de ditadura, para alcançar uma mudança pacífica e democrática na Venezuela, como a maioria dos cidadãos também quer e manifestou nas urnas eleitorais em 28 de julho.
Estas conquistas inspiram mais pessoas a lutar pela mudança que tanto almejamos no país.
Parabéns a vocês duas!”, publicou o Encuentro Ciudadano.
A IDU ainda mostrou no evento em Washington que a ditadura chavista “transformou um dos países mais ricos da América do Sul em um dos mais pobres”, do qual “milhões” de pessoas “emigraram para fugir de miséria, violência, corrupção e inflação”. Reforçou também que “o regime ditatorial de Maduro levou a fraudes eleitorais e repressão política, estendendo-se até tortura e assassinato”.
O evento contou com a participação de parlamentares americanos, como o senador Rick Scott e o deputado Mike Waltz, conselheiro de segurança nacional do presidente eleito, Donald Trump; além da líder do Partido Conservador britânico, Kemi Badenoch (que depois se encontrou com o presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson), e de membros do Parlamento Europeu, como o alemão Manfred Weber e o croata Davor Ivo Stier.
Stefan Tompson, o homem de ascendência polonesa e sul-africana nascido em Londres que criou no X a conta Visegrád 24 e conquistou mais de 1,2 milhão de seguidores, discutiu o cerco à liberdade de expressão em painel do qual participou também a advogada americana Kristen Waggoner, CEO da Alliance Defending Freedom (ADF).
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