E agora, Celso Amorim? Sete países reconhecem Edmundo González como presidente eleito
Assessor de Lula disse em outubro que alguns países, como os Estados Unidos, estavam retirando apoio ao opositor venezuelano
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, reconheceu o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela nesta quarta, 20.
O anúncio acontece um dia depois de os Estados Unidos tomarem a mesma decisão.
Outros países que já reconheceram a vitória de Edmundo são a Argentina, o Uruguai, a Costa Rica, o Equador e o Panamá.
O movimento pode repetir o que ocorreu em 2019, quando mais de cinquenta países reconheceram o opositor Juan Guaidó como presidente interino do país.
Naquele ano, o governo brasileiro, comandado por Jair Bolsonaro, reconheceu Guaidó como presidente.
A grande interrogação é o que o governo Lula fará no início do ano que vem, quando o ditador Nicolás Maduro iniciará outro mandato, após outra fraude eleitoral.
"Repressão brutal"
“Não reconhecemos Maduro, após essas eleições presidenciais que não foram transparentes. Condenamos a repressão brutal do regime que levou à morte a décadas de manifestantes, a detenção de milhares de opositores e o exílio do presidente eleito”, disse Meloni em uma coletiva de imprensa ao lado do presidente argentino Javier Milei, em Buenos Aires. “Procuramos tornar realidade a vontade expressada pelo povo em apoio a Edmundo González Urrutia.”
Um dia antes, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, escreveu no X: "O povo venezuelano falou com firmeza no dia 28 de julho e fez Edmundo González o presidente eleito. A democracia exige respeito à vontade dos eleitores".
O negacionismo de Celso Amorim
Em uma audiência na Câmara dos Deputados em outubro, o assessor especial da Presidência Celso Amorim (foto) afirmou que alguns países, como os Estados Unidos, estariam tirando o apoio a Edmundo González Urrutia.
"Muitos países que disseram que achavam que Edmundo González foi o vitorioso não chegaram a validar os resultados. Há uma lista de um certo número de países que, sim, reconheceram. Mas os próprios Estados Unidos tiveram uma posição um pouco ambígua a esse respeito. O secretário de Estado, (Anthony) Blinken chegou a dizer que reconhecia, mas porta-vozes da Casa Branca disseram que não era um reconhecimento oficial. E é reconhecível porque não se pode aceitar como um precedente em vigor o fato de que os resultados oficiais são aqueles apurados pela oposição, ainda que a probabilidade possa ir nesse sentido ou não", afirmou o assessor.
E agora, Celso Amorim?
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