Políticas de Kamala Harris facilitam exploração de menores imigrantes?
Críticos apontam falta de verificações e desaparecimento de milhares de crianças nos EUA
Kamala Harris está sendo acusada de facilitar uma crise de tráfico infantil nos Estados Unidos. Críticos afirmam que as políticas da vice-presidente, implementadas durante o governo Biden, enfraqueceram a proteção a menores desacompanhados que chegam à fronteira, permitindo que muitos fossem entregues a patrocinadores não-relacionados, alguns dos quais estariam envolvidos em redes de tráfico humano.
Entre as principais críticas ao programa de menores desacompanhados da administração Biden-Harris estão a redução de verificações de antecedentes. A eliminação de testes de DNA e a simplificação do processo de verificação, feita através de meras cópias de documentos enviados digitalmente, teriam facilitado a entrega de crianças a indivíduos não qualificados ou perigosos.
Outro ponto levantado é a falta de monitoramento e transparência. Estima-se que mais de 85 mil menores migrantes tenham sido liberados sem que o governo conseguisse manter contato ou monitorar seu paradeiro. O aumento no número de crianças desaparecidas desde 2021 levantou sérias preocupações sobre seu bem-estar.
A exploração e o tráfico de menores são questões centrais no debate. Há denúncias de que muitas dessas crianças são colocadas em situações de exploração, como trabalho infantil ou tráfico sexual. A falta de acompanhamento adequado após a liberação dos menores para patrocinadores contribui para esse cenário.
Além disso, a administração foi criticada pela pressa na liberação das crianças dos centros de acolhimento. A política de agilizar o processo, priorizando a velocidade em detrimento da segurança, pode ter colocado essas crianças em situações de risco, segundo opositores desses procedimentos.
Ex-funcionários do Departamento de Saúde e Serviços Humanos afirmam que o governo Biden-Harris negligenciou medidas de segurança importantes. Senadores republicanos, como Chuck Grassley, apontam falhas no controle e na prestação de contas sobre o destino dessas crianças, acusando a administração de priorizar políticas migratórias em detrimento da segurança dos menores.
Como funciona o processo de checagem e liberação de menores imigrantes desacompanhados
O processo de checagem e liberação de menores desacompanhados nos Estados Unidos envolve uma série de etapas coordenadas por diferentes agências governamentais.
Quando um menor cruza a fronteira sem a presença de um responsável, ele é inicialmente recebido por agentes de fronteira e, em seguida, transferido para a custódia do Escritório de Reassentamento de Refugiados (ORR), que faz parte do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS). A partir daí, o ORR assume a responsabilidade por abrigar esses menores em instalações temporárias ou encaminhá-los a "patrocinadores".
Os patrocinadores podem ser membros da família, mas também podem incluir outros adultos responsáveis, desde que atendam aos critérios de elegibilidade. Antes de liberar a criança, o ORR realiza uma verificação do patrocinador proposto. No entanto, críticas apontam que essas verificações, em alguns casos, têm sido insuficientes, especialmente após a eliminação dos testes de DNA, que anteriormente confirmavam o vínculo familiar entre os menores e seus responsáveis.
Com a simplificação do processo, os patrocinadores agora podem apresentar documentos eletrônicos, sem a necessidade de checagens mais rigorosas, levantando preocupações sobre a segurança dessas crianças.
Uma vez que a criança é colocada com o patrocinador, o ORR notifica o Departamento de Segurança Interna (DHS) e fornece o endereço do responsável. No entanto, um problema recorrente é a falta de um sistema de monitoramento eficaz para acompanhar as crianças após sua liberação.
Muitas delas não comparecem às audiências de imigração agendadas, dificultando o controle e a supervisão por parte das autoridades. Como resultado, milhares de menores acabam perdendo contato com as agências, aumentando os riscos de exploração.
Esse processo tem sido alvo de críticas por sua falta de transparência, falhas na comunicação entre as agências e pela pressa em liberar crianças, frequentemente sem garantias adequadas sobre a segurança de seus patrocinadores. Esses fatores contribuem para o aumento de casos de crianças desaparecidas ou expostas a situações de risco, como o tráfico humano e o trabalho infantil.
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