Criminosos que invadiram TV no Equador são presos
Eles estavam escondidos no município de Segur de Calafell, na província espanhola de Tarragona
Uma ação conjunta do Serviço de Informação da Guarda Civil da Espanhola e da Polícia do Equador capturou nesta quarta, 23, dois supostos líderes do grupo narcoterrorista Los Tiguerones (foto), acusados serem responsáveis pelo ataque, em janeiro deste ano, ao estúdio do canal estatal de televisão TC Televisión, de Guayaquil, a maior cidade do Equador.
Os criminosos estavam escondidos no município de Segur de Calafell, na província espanhola de Tarragona.
Os irmãos William Joffre Alcívar Bautista, mais conhecido como ''Comandante Willy" e Aléx Iván Alcívar Bautista, considerado o segundo na hierarquia do grupo, entraram na Europa portando documentos falsificados.
O Los Tiguerones é uma organização criminosa conhecida da província de Manabí, que recentemente tem mantido relações com cartéis narcotraficantes do México.
Além do atentado de janeiro deste ano, os integrantes do Los Tiguerones foram responsáveis por uma rebelião em uma prisão do Equador, em que mais de 100 detentos foram mortos.
Ataque ao estúdio
Em meio à crise de segurança pública do início deste ano, na qual policiais foram sequestrados no Equador, 13 homens encapuzados invadiram os estúdios do canal TC Televisión e renderam os seus funcionários.
O ato dos criminosos foi transmitido ao vivo nacionalmente por cerca de 20 minutos para toda a população equatoriana, enquanto eles mantinham os trabalhadores como reféns.
No mesmo dia, a polícia do Equador divulgou a prisão de vários integrantes.
A desordem no país sul-americano foi tão grande que fez com que, em janeiro, o presidente, em Daniel Noba declarasse estado de emergência por 60 dias, após o criminoso mais procurado do Equador e líder do grupo Los Choneros, José Adolfo Macías, conhecido por Fito, ter fugido da prisão.
Crime em ascensão
A proliferação de organizações criminosas no Equador se explica porque o país fica geograficamente espremido entre a Colômbia e o Peru, os dois maiores produtores mundiais de cocaína.
À medida que a Colômbia intensificou o combate aos narcotraficantes, ainda nos anos 1990, esses grupos passaram a usar o Equador e a Venezuela como rota de tráfico.
No caso venezuelano, o regime chavista acolheu o narcotráfico por interesses econômicos, como meio de contornar as sanções americanas, e por afinidade ideológica às guerrilhas, em especial as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Farc, intimamente ligada à rota da droga.
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