EUA acusam Irã de ataques hacker contra campanhas de Trump e Harris
Os Estados Unidos acusaram, nesta segunda-feira, 19 de agosto, o Irã de lançar ataques hacker às campanhas presidenciais do ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano, e da vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata. “Observamos uma atividade iraniana cada vez mais agressiva durante este ciclo eleitoral”, diz um comunicado oficial. E afirma que o Irã “procurou...
Os Estados Unidos acusaram, nesta segunda-feira, 19 de agosto, o Irã de lançar ataques hacker às campanhas presidenciais do ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano, e da vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata.
“Observamos uma atividade iraniana cada vez mais agressiva durante este ciclo eleitoral”, diz um comunicado oficial.
E afirma que o Irã “procurou acesso a indivíduos com acesso direto às campanhas presidenciais de ambos os partidos políticos”.
“Essas atividades, incluindo roubos e divulgações, têm como objetivo influenciar o processo eleitoral dos EUA",, acrescenta.
O documento é co-assinado pelo FBI, pelo Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional e pela Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura.
A missão do Irã nas Nações Unidas chamou as acusações de "infundadas e desprovidas de qualquer legitimidade". E acrescentou: "Como anunciamos anteriormente, a República Islâmica do Irão não tem a intenção nem o motivo de interferir nas eleições presidenciais dos EUA".
A campanha de Harris afirmou ter sido alvo de uma tentativa de ataque hacker mal sucedida na quarta-feira, 14.
A investigação da Inteligência americana começou na esteira do vazamento de emails da campanha de Trump, no início de agosto. A equipe do republicano já acusava o Irã do hackeamento desde o princípio.
Desta vez, foi Trump quem foi hackeado
Durante o segundo final de semana de agosto, o portal de notícias americano Politico recebeu uma série de documentos internos da campanha do republicano, de uma fonte anônima chamada "Robert".
Os documentos parecem ser volumosos e bastante relevantes — um deles, de 271 páginas, era um dossiê com informações que poderiam levar ao veto do nome de J.D. Vance a vice da chapa. O documento, chamado de "potenciais vulnerabilidades", acabou perdendo o sentido quando Vance foi de fato escolhido por Trump.
O serviço de inteligência americano e a Microsoft receberam informações sobre o ataque cibernético. Na sexta-feira, a empresa reconheceu publicamente que um "nome graduado de uma campanha presidencial" havia sido o alvo.
A campanha do republicano falou sobre o ataque. "Estes documentos foram obtidos ilegalmente de fontes estrangeiras hostis aos EUA, buscando interferir na eleição de 2024 e através de nosso processo democrático", escreveu Steven Cheung, o porta-voz da campanha de Trump, ao Politico.
A campanha de Donald Trump a presidente dos EUA, que estava em céu de brigadeiro nos últimos meses, passou por uma turbulência com a troca na campanha presidencial democrata.
A entrada de Kamala Harris na disputa colocou Trump atrás nas pesquisas em três estados-chave que ele antes liderava: Winsconsin, Pensilvânia e Michigan.
Esta semana, Trump voltou a usar sua conta no X (antigo Twitter) e deu uma entrevista com Elon Musk.
Outro caso de roubo de emails durante a campanha ocorreu em 2016.
Naquele ano, deu-se o vazamento de e-mails do Comitê do Partido Democrata envolvendo mensagens da então candidata democrata Hillary Clinton.
As mensagens foram vazadas por hackers russos, ligados diretamente ao governo de Vladimir Putin, e divulgadas pelo site Wikileaks.
A polêmica trouxe uma cobertura midiática crítica da ex-primeira-dama, que passou a ser vista como negligente em relação à proteção dos seus dados e ao uso de um servidor pessoal para emails governamentais.
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