“Não vou entrar numa de dizer que foi fraude”, diz Celso Amorim
O assessor especial da Presidência, Celso Amorim (na foto, com Maduro), afirmou nesta segunda, 29, em entrevista para o G1, que será cauteloso com o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. "O fato principal que nos leva a ser cauteloso é que não deram o resultado público mesa por mesa, porque [o que]...
O assessor especial da Presidência, Celso Amorim (na foto, com Maduro), afirmou nesta segunda, 29, em entrevista para o G1, que será cauteloso com o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.
"O fato principal que nos leva a ser cauteloso é que não deram o resultado público mesa por mesa, porque [o que] o governo deu até agora é um número, mas tem que mostrar como chegou nesse número: ata por ata”, disse Amorim.
"Não sou daqueles que reconhece tudo o que é dito, mas também não vou entrar numa de dizer que foi fraude. É uma situação complexa e queremos um regime democrático para a Venezuela de forma pacífica”, afirmou Amorim. "Não houve, que eu saiba, nenhum grande incidente. Mas vamos esperar, pois o governo prometeu que daria acesso às atas.”
Em nota oficial divulgada na manhã desta segunda, o Itamaraty também demonstrou cautela, sem parabenizar o ditador: "O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração. Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados. Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito".
Leia em Crusoé: Por que a oposição diz que houve fraude eleitoral na Venezuela
As atas dos diversos centros de votação, que foram divulgadas nas redes sociais, mostravam uma vitória folgada do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia.
Em sua conta no X, Urrutia escreveu: "Os resultados não podem ser ocultados. O país escolheu uma mudança, em paz".
A líder da oposição María Corina Machado também se manifestou em coletiva de imprensa durante a noite.
“Todos nós sabemos o que aconteceu hoje na Venezuela. As atas que temos neste momento não fazem nada além de confirmar o que vimos nas ruas. A projeção do seu conteúdo mostra claramente um resultado que não deveria ser questionado, se quisermos agir com a verdade e reconhecer a vontade popular. Hoje, nos dirigimos ao país e a todas as autoridades competentes para pedir, em nome da paz na Venezuela, em nome da credibilidade do voto como instrumento para tomar as grandes decisões do mundo civilizado, que não haja um passo em falso, que por alguma precipitação autoritária não tentem destruir a construção cívica que significou que todos nós que queremos uma mudança neste país concordemos com a via eleitoral, com a via pacífica, com a via do voto para buscar uma mudança em paz, que tem sido a pregação do nosso candidato, Edmundo González”, disse María Corina.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (3)
Amaury G Feitosa
2024-07-29 12:22:55Nanico morak e mental, comuna cínico e cego ... canalha.
Geovani Aliatti
2024-07-29 11:16:15Calma celso capachim. As atas ainda precisam ser devidamente falsificadas.
100413CAIO02
2024-07-29 11:11:04Duvido da lisura das apurações. Alguém já viu um ditador perder eleição? Até o sabujo do Lula não quiz declarar nada até agora, está bem reticente!