Debate entre Trump e Biden é movido a temas de quatro anos atrás
O primeiro bloco do debate entre Donald Trump e Joe Biden, nesta quinta-feira, 27, foi uma espécie de deja vù da última eleição presidencial - também protagonizada pelos dois. Apesar das perguntas focadas em temas como imigração e inflação, ambos os candidatos tergiversaram e voltaram a tratar de assuntos que usaram para atacar um ao outro...
O primeiro bloco do debate entre Donald Trump e Joe Biden, nesta quinta-feira, 27, foi uma espécie de deja vù da última eleição presidencial - também protagonizada pelos dois. Apesar das perguntas focadas em temas como imigração e inflação, ambos os candidatos tergiversaram e voltaram a tratar de assuntos que usaram para atacar um ao outro em 2020.
Logo na primeira intervenção, sobre o aumento dos preços no país, o atual presidente relembrou a atuação do republicano no combate à pandemia de Covid, que se iniciou a menos de um ano da última eleição presidencial. Visivelmente mais cansado que Trump (o democrata tem 81 anos; o republicano 78). Trump o acusou de anular seu corte de impostos, e ter prejudicado a recuperação da pandemia com um mandato de vacinas contra a pandemia.
Em um segundo momento, o tema foi uma declaração de Trump que soldados mortos ou feridos em combate pelo país (chamados de "purple hearts" ou "corações púrpuras") seriam "otários" e "perdedores". A fala, que Trump teria dito como presidente, durante uma visita a um cemitério militar, custou preciosos votos ao republicanos na campanha presidencial de 2020 - e permitiu que Biden reavivasse a questão mais uma vez.
Trump aproveitou para fustigar Biden em um dos seus pontos mais sensíveis - a imigração. O republicano acusou o democrata de tentar inchar a máquina de assistência social do país com imigrantes ilegais, mas não respondeu se um de seus planos para o segundo mandato, de deportar até 12 milhões de imigrantes ilegais, de fato sairá do papel
Apenas quando o tema avançou para questões internacionais como Ucrânia e Israel, é que ambos os candidatos, os mais velhos da história, voltaram ao presente. O debate dá início à chamada "eleição que ninguém quer", onde os dois candidatos, os mais velhos e odiados por quase metade do país, concorrem pela segunda vez seguida.
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