Agência Internacional de Energia Atômica aprova censura ao Irã
A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), órgão da ONU vinculado a Organização das Nações Unidas (ONU), aprovou nesta semana uma censura pública ao Irã, pela falta de cooperação do país com as autoridades internacionais. Durante a votação, 20 dos 35 países que integram o conselho de administração da Aiea votaram a favor do texto,...
A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), órgão da ONU vinculado a Organização das Nações Unidas (ONU), aprovou nesta semana uma censura pública ao Irã, pela falta de cooperação do país com as autoridades internacionais.
Durante a votação, 20 dos 35 países que integram o conselho de administração da Aiea votaram a favor do texto, que segundo agências de notícias aponta a falta de "respostas técnicas críveis" para o que seriam "vestígios inexplicáveis de urânio" em instalações às quais não havia declaração de material radioativo.
A resolução foi apresentada pelo chamado "E3", grupo que reúne França, Alemanha e Reino Unido — e contou com o apoio dos Estados Unidos, que em um primeiro momento temiam a escalada das tensões no Oriente Médio. Rússia e China se opuseram à censura.
O programa nuclear iraniano é alvo dos olhares mundiais há décadas, pelas seguidas ameaças de Teerã de que suas usinas processadoras de urânio não estariam tratando o material para fins pacíficos como geração de energia ou geração de fertilizantes, mas sim para uso militar, na produção de uma bomba atômica.
Após décadas trabalhando sem a assistência ocidental no enriquecimento do seu urânio, o governo iraniano chegou a um acordo com os Estados Unidos e países do Conselho de Segurança da ONU para reduzir o estoque do material radioativo estocado no país, em troca do fim das sanções ao governo do aiatolá Ali Khamenei.
O acordo durou firmemente por três anos, de 2015 até 2018, quando o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, decidiu deixar o acordo unilateralmente. O início da guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza colocou o acordo em uma incerteza ainda maior, já que o grupo terrorista é apoiado por Teerã.
O governo iraniano criticou as medidas da Agência Internacional de Energia Atômica. Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do país chamou a decisão de "politicamente motivada" e "contraproducente". O país disse ainda que "está comprometido em continuar sua cooperação técnica com a AIEA, em linha com suas obrigações legais e internacionais."
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