O que Robert De Niro não sabe sobre Trump
Artistas entendem pouco de política e não interferem no voto de ninguém, mas adoram entrar no assunto, às vezes para ganhar atenção, às vezes para receber aplausos de amigos. Nesta terça, 28, o ator Robert De Niro (foto) convocou uma coletiva de imprensa com jornalistas e fotógrafos para atacar o ex-presidente Donald Trump, que deve...
Artistas entendem pouco de política e não interferem no voto de ninguém, mas adoram entrar no assunto, às vezes para ganhar atenção, às vezes para receber aplausos de amigos.
Nesta terça, 28, o ator Robert De Niro (foto) convocou uma coletiva de imprensa com jornalistas e fotógrafos para atacar o ex-presidente Donald Trump, que deve concorrer às eleições de novembro pelo Partido Republicano.
O local escolhido foram as imediações do Tribunal Criminal de Manhattan, onde Trump é réu em um processo por pagamento da atriz pornô Stormy Daniels, para que ela não falasse sobre uma suposta relação e atrapalhasse as eleições de 2016.
"Se ele entrar (na Casa Branca), eu posso dizer agora, ele nunca vai sair. É este o país em que nós queremos viver agora? Nós queremos ele governando este país e falando: 'não vou sair, serei ditador para sempre'? A única maneira de preservar nossas liberdades e manter a nossa humanidade é votar em Joe Biden para presidente", disse De Niro.
O artista, que já participou de peças de propaganda para Biden, também chamou Trump de "palhaço".
Leia em Crusoé: Até que ponto artistas podem influenciar votos
Trump já deixou a Casa Branca
A declaração de De Niro faz coro com a de outros artistas americanos, que majoritariamente apoiam o Partido Democrata.
Com Trump tomando a dianteira nas pesquisas de intenção de voto, aumentou a histeria entre eles e entre boa parte da imprensa.
Muitos dizem que dar uma segunda chance para Trump enterraria a democracia americana.
Para piorar, Trump já deu declarações que acabam incitando essa grita. Em uma entrevista, ao ser questionado se seria um ditador caso voltasse ao poder, ele respondeu que faria isso "só no primeiro dia".
A história, contudo, contradiz os detratores do republicano: Trump já esteve na Casa Branca e não se tornou um ditador.
A invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, embora, tenha sido feita pelos apoiadores do ex-presidente, não partiu de uma ordem direta sua. Investigações até agora não foram capazes de acusar o ex-presidente. O vice-presidente Mike Pence recusou-se a interromper o Colégio Eleitoral, que proclamou a vitória de Biden nas urnas no mesmo dia. As Forças Armadas e a Suprema Corte também não endossaram a invasão.
Mas a história, pelo visto, conta pouco aqui. O importante é que, quanto mais Trump subir nas pesquisas, mais artistas vão promover escândalos por aí.
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Comentários (1)
Luis Eduardo Rezende Caracik
2024-05-29 07:01:10Pelo jeito, O Antagonista além de ter se tornado bolsonarista, também se tornou trumpista. Uma lástima. Deixaram o jornalismo de lado...