China, Rússia e Irã escalam suas "imprensas" para cobrir a crise das universidades nos EUA
Desde o primeiro acampamento em universidade americana contra o apoio a Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, veículos de imprensa estatal na Rússia, Irã e China escalaram o tom de críticas aos EUA e a Israel com base nos atos vistos nos campi americanos. Em duas semanas, segundo a plataforma Newsguard, os...
Desde o primeiro acampamento em universidade americana contra o apoio a Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, veículos de imprensa estatal na Rússia, Irã e China escalaram o tom de críticas aos EUA e a Israel com base nos atos vistos nos campi americanos. Em duas semanas, segundo a plataforma Newsguard, os veículos estatais destes três países levaram quase 400 matérias ao ar sobre o tema. São cerca de 28 por dia.
Em uma nota mais recente, a IRNA, agência estatal de notícias do Irã, disse que os confrontos foram entre estudantes simpáticos a Palestina e manifestantes "pró-sionismo",e que a ação policial nas dependências universitárias de todo o país "ecoa a repressão enfrentada por manifestantes contra a guerra do Vietnã 50 anos atrás."
A polarização da sociedade americana sobre o apoio a Israel na guerra aumentou o medo de que o país entre em uma guerra civil. A divulgação de uma pesquisa onde 16% dos americanos consideram "muito provável" que o país entre em uma guerra civil foi muito aproveitado não apenas pela imprensa iraniana, como também a Rússia.
A TASS, uma das principais agências de notícia estatal a serviço de Moscou, abordou o tema, e usou de uma análise para cutucar o presidente dos EUA Joe Biden. Ao fazer em inglês uma análise da mídia russa (também fortemente vinculada ao governo), o resumo da TASS é que o democrata está "perdendo tração" com o protesto.
E o site Global Times, que representa as visões do Partido Comunista da China, dedicou um artigo de opinião com um título autoexplicativo: "Desastre humanitário facilitado pelos EUA aprofunda divisão na sociedade americana". O texto conclui que "os protestos refletem um senso generalizado de tristeza causado pela enviesada política americana apontada para Israel", além de "uma aversão forte a busca do lucro e perda de julgamento humano básico na pol[itica externa americana."
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