"Não estou satisfeito", diz chefe do Exército da Ucrânia sobre alistamento
O general chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valerii Zalujni (foto), afirmou estar insatisfeito com a mobilização das tropas ucranianas em meio a reformas no sistema de alistamento. "Atualmente não estou satisfeito com o trabalho [de mobilização]", afirmou Zalujni em entrevista coletiva na terça-feira, 26 de dezembro. "Se eu estivesse satisfeito, não estaríamos discutindo este...
O general chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valerii Zalujni (foto), afirmou estar insatisfeito com a mobilização das tropas ucranianas em meio a reformas no sistema de alistamento.
"Atualmente não estou satisfeito com o trabalho [de mobilização]", afirmou Zalujni em entrevista coletiva na terça-feira, 26 de dezembro.
"Se eu estivesse satisfeito, não estaríamos discutindo este projeto de lei", acrescentou.
O general também confirmou a intenção do Exército em mobilizar de 450 mil a 500 mil soldados a mais com as reformas no alistamento.
Esses números haviam sido noticiados pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, antes do Natal.
Zalujni criticou Zelensky ao afirmar que nunca teria anunciado, publicamente, a estimativa de mobilização do Exército.
Reformas no alistamento
O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, anunciou uma nova reforma do recrutamento militar obrigatório na segunda-feira, 25 de dezembro.
A medida, discutida entre as forças de segurança, ministros e o Parlamento, tem como objetivo ampliar o efetivo na guerra contra a Rússia, a dois meses de completar dois anos.
Umerov afirmou que o recrutamento começará aos 25 anos, em vez dos 27, e não mencionou a possibilidade de recrutar mulheres parcialmente.
Ele também afirmou que desmobilização militar só seria viável após o fim do conflito aberto contra a Rússia.
O ministro assumiu o cargo de ministro da Defesa há cerca de 100 dias, após a queda de seu antecessor em um escândalo de corrupção de venda de isenções do serviço militar.
Invasão russa
A atual invasão russa sobre a Ucrânia se estende, de maneira contínua, desde 2014.
Em março daquele ano, a Rússia enviou tropas não identificadas e tomou controle da Península da Crimeia.
A anexação de fato não possui nenhum reconhecimento internacional.
Ainda em 2014, o Kremlin também enviou suporte militar a grupos de separatistas russófilos nas províncias de Donetsk e Luhansk, na região do Donbass, no leste da Ucrânia.
Em fevereiro de 2022, a Rússia invadiu o território ucraniano em escala nacional, tentando dominar a capital, Kiev.
Segundo fontes do governo dos Estados Unidos, mais de 500 mil soldados, tanto russos quanto ucranianos, foram mortos ou feridos desde o início da guerra.
Os russos têm maiores perdas, incluindo feridos: 315 mil. Esse montante equivale a 90% das forças russas quando se iniciou a invasão.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)