Ucrânia precisa de dinheiro, armas — e agora homens
O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov (foto), declarou nesta quinta-feira que Kiev pode adotar, a partir do ano que vem, o recrutamento obrigatório a homens ucranianos entre 25 e 60 anos, incluindo aqueles que moram fora do país. A fala sobre o alistamento universal e obrigatório mostrou uma lacuna que o dinheiro enviado...
O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov (foto), declarou nesta quinta-feira que Kiev pode adotar, a partir do ano que vem, o recrutamento obrigatório a homens ucranianos entre 25 e 60 anos, incluindo aqueles que moram fora do país.
A fala sobre o alistamento universal e obrigatório mostrou uma lacuna que o dinheiro enviado por Europa e Estados Unidos não consegue suprir, porque o país também precisa de homens para as frentes de batalha contra a invasão ucraniana ao país.
Ao mesmo tempo, a fala pareceu não ter sido bem recebida: horas depois, o porta-voz Ilarion Pavlyuk disse que a fala era meramente ilustrativa sobre "a importância de suntar à luta de Kiev para repelir a invasão russa" e que tais mecanismos para se forçar a ida de ucranianos para a linha de frente ainda não estão sendo discutidas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o país precisa de um adicional entre 450 mil a meio milhão de soldados para fazer frente aos ataques russos no leste do território. Já há meio milhão de homens ucranianos nas linhas de frente — e o país, com cerca de 40 milhões, não tem tropas para fazer o revezamento, permitindo que os combatentes tenham tempo longe da frente de batalha.
A Rússia tem quase 4,5 vezes a população ucraniana e, por isso, consegue ter 610 mil homens no front, hoje nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk, além da Crimeia.
Nas últimas semanas, Zelensky tem tentado angariar mais apoio à sua causa, mas só colheu desgostos: a Hungria, sozinha, bloqueia um pacote de 55 bilhões de dólares em nome da União Europeia; e os republicanos nos EUA só devem liberar um pacote de 61 bilhões de dólares em ajuda financeira e militar quando Joe Biden e seu partido democrata modificar a política de imigração fronteiriça do país.
Leia na Crusoé: Biden sai em defesa de Zelensky
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Comentários (2)
Luiz
2023-12-24 07:34:09E mulheres também.
MARIO CAVALCANTI GAMEIRO DE MOURA
2023-12-23 11:07:20Infelizmente nessa Guerra Fraticida vai ganhar quem cansar por último. Putin, um ditador apoiado por gente igual a ele (na AL tem vários, incluindo o Brasil), vai ganhar pois as sociedades civis dos principais países da Europa se acostumaram com a Guerra e já a tratam como uma coisa longe, lá no Leste, e do outro lado do mundo, os EUA estão preocupados com o próprio umbigo. Enfim, se nada de novo acontecer, a Ucrânia será Russa, uma pena.....