Berlim terá de refazer eleição caótica de dois anos atrás
Berlim, a capital alemã, terá de refazer parte da sua eleição de 2021 para definir novamente seus representantes ao Bundestag, o parlamento do país. A decisão foi tomada pelo Tribunal Constitucional Alemão, a principal instância do Judiciário do país. O motivo foi que o processo eleitoral, organizado inicialmente em 26 de setembro de 2021, foi...
Berlim, a capital alemã, terá de refazer parte da sua eleição de 2021 para definir novamente seus representantes ao Bundestag, o parlamento do país. A decisão foi tomada pelo Tribunal Constitucional Alemão, a principal instância do Judiciário do país.
O motivo foi que o processo eleitoral, organizado inicialmente em 26 de setembro de 2021, foi marcado por erros de logística e irregularidades tão grandes que, ao fim, teriam comprometido o direito a voto dos berlinenses.
Apesar de não haver indícios de fraude no processo eleitoral, os problemas da população berlinense começaram já no início do dia: urnas foram entregues nos locais errados, seções estavam sem cédulas de papel suficientes para votação e filas cresceram muito além do previsto, gerando atrasos.
Além do mais, a tradicional maratona de Berlim foi marcada para o mesmo dia, o que paralisou o trânsito em parte da cidade.
Um ano depois do imbróglio, a Corte Constitucional de Berlim decidiu que uma nova eleição para o Legislativo distrital de Berlim seria necessária. Estas 159 cadeiras foram novamente escolhidas, em um momento mais tranquilo em fevereiro deste ano, com uma coalizão do CDU (da ex-premiê Angela Merkel) e do SPD (do atual chanceler Olaf Scholz) comandando a Câmara.
Agora, a decisão do Tribunal Constitucional deve garantir a votação, para deputados federais, em 11 de fevereiro, para 455 distritos eleitorais na cidade — uma derrota para a CDU de Merkel, que sugeria um novo voto em pelo menos 1.200 locais de coleta de votos. É a primeira vez que uma questão organizacional invalida um pleito na história da Alemanha.
O resultado do novo sufrágio na capital não deve afetar o equilíbrio de forças dentro do Bundestag, onde Olaf Scholz e o partido SPD comandam o governo do país.
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