Morre Sandra Day O'Connor, primeira mulher na Suprema Corte dos EUA
Sandra Day O'Connor (foto), a primeira ministra da Suprema Corte dos EUA, faleceu nesta sexta-feira, 1º de dezembro, aos 93 anos. A juíza lutava contra o mal de Alzheimer e morreu em sua casa em Phoenix, no estado do Arizona. Sua morte foi confirmada em um pronunciamento da Suprema Corte. Escolhida em 1981 pelo presidente...
Sandra Day O'Connor (foto), a primeira ministra da Suprema Corte dos EUA, faleceu nesta sexta-feira, 1º de dezembro, aos 93 anos. A juíza lutava contra o mal de Alzheimer e morreu em sua casa em Phoenix, no estado do Arizona.
Sua morte foi confirmada em um pronunciamento da Suprema Corte. Escolhida em 1981 pelo presidente republicano Ronald Reagan, Sandra atuava como juíza no estado do Arizona até então. Sua participação no Judiciário era tão relevante que, apesar de a corte levar o nome do seu presidente (e ela integrar, portanto, a chamada "Corte Rehnquist" em homenagem a William Rehnquist), o grupo era chamado popularmente de "A Corte O'Connor" e Sandra, sua intelectual mais destacada, era considerada a mulher mais poderosa da América.
Ela serviu por 24 anos como juíza da Corte, até sua aposentadoria em 2006. Apesar de nomeada por uma base republicana, a magistrada manteve uma posição a favor o direito ao aborto, garantindo a sobrevida da decisão "Roe v. Wade", revertida apenas no ano passado.
Ela ainda teve uma atuação caso-a-caso em temas envolvendo a liberdade de expressão no país, ao equilibrar o direito religioso à existência de outras matrizes religiosas dentro dos EUA.
"Sandra Day O'Connor trilhou um caminho histórico como a primeira juíza da Suprema Corte. Ela lutou este desafio com determinação destemida, habilidade indisputável e uma sinceridade que engajou", escreveu John Roberts, que preside a Casa. "Nós na Suprema Corte lamentamos a perda de uma colega amada, uma incansável e independente defensora da lei e uma eloquente representante da educação civil. E celebramos seu duradouro legado como uma verdadeira servidora pública e patriota."
Quando deixou a corte, o então presidente George W. Bush optou por substituí-la por um homem, Samuel Alito. Hoje, são duas mulheres entre os dez membros da Suprema Corte de lá.
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