Venda da Sabesp começa a tramitar em SP, com risco de emperrar na capital
O Projeto de Lei que pode autorizar o governo de São Paulo a privatizar a Sabesp, a principal companhia de saneamento básico do país e uma das maiores do planeta, vai começar a tramitar pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A expectativa é que, após o feriado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),...
O Projeto de Lei que pode autorizar o governo de São Paulo a privatizar a Sabesp, a principal companhia de saneamento básico do país e uma das maiores do planeta, vai começar a tramitar pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A expectativa é que, após o feriado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeira parada do Projeto de Lei, comece a analisar a questão.
O relator da proposta será o deputado Barros Munhoz (PSDB), que está em seu sétimo mandato na Casa e foi escolhido pela base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele terá de analisar 177 emendas parlamentares, sendo a maior parte delas de parlamentares da oposição que tentam frear o processo de venda da parcela majoritária do estado na companhia. Hoje o estado tem 50,3% das ações da companhia, com o restante sendo negociado nas bolsas de São Paulo e Nova York.
Um dos principais planos de governo de Tarcísio , o projeto de Lei da Sabesp deve ser concluído até o final do ano, no cronograma do governador. São esperados 66 bilhões de reais em investimentos.
Se aprovada, a venda terá uma segunda etapa paralela aos road shows da empresa a investidores: a negociação de contratos com os quase 300 municípios atendidos pela companhia.
Em um deles o negócio pode emperrar — e é justamente na capital, principal cliente da companhia. Na última quinta-feira (26), a Câmara Municipal de São Paulo instalou uma Comissão Especial de Estudos (CEE) para analisar os impactos da venda para o consumidor da capital paulista.
O primeiro convidado para falar sobre a privatização é o atual diretor-presidente da empresa, André Gustavo Salcedo. Um dos objetivos da comissão é avaliar o que seria o "passivo" a ser deixado pela estatal na capital, entre obras de infraestrutura e investimentos que devem ser necessários para atender os 12 milhões de habitantes da cidade. As chances são mínimas mas, se a capital paulista negar um acordo com a companhia privatizada, a viabilidade da venda diminui radicalmente.
Leia na Crusoé: Sabesp, a joia no cofre de Tarcísio
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Comentários (1)
Delei
2023-10-28 09:56:28A oposição defende cabides de emprego e possibilidades de gatunar cofres públicos.