Procura-se (mais) um empresário chinês desaparecido
A Maike Group, gigante do setor de metais na China, se gaba em seu site de ser "uma das mais estáveis provedoras de commodity da China". Então, é estranho que seu presidente, o empresário He Jinbi, tenha desaparecido sem deixar vestígios. Ou nem tanto, se tratando de China: o seu sumiço se integra a outros estranhos...
A Maike Group, gigante do setor de metais na China, se gaba em seu site de ser "uma das mais estáveis provedoras de commodity da China". Então, é estranho que seu presidente, o empresário He Jinbi, tenha desaparecido sem deixar vestígios.
Ou nem tanto, se tratando de China: o seu sumiço se integra a outros estranhos fenômenos do tipo no país, aumentando o temor de que o governo de Pequim esteja levando preso os empresários de um dos setores que mais preocupa Xi Jinping no momento: a construção civil.
Isso porque a Maike, empresa fundada por Jinbi e seus amigos em 1993, é hoje não apenas uma das maiores provedoras de cobre do país (ela responde a um quarto do metal importado do país), mas também um ator pesado no setor imobiliário, avançando sobre hotéis e centros de negócios.
A aposta iniciada em 2011 se pagou facilmente nos primeiros anos, mas se provou um fardo após a pandemia de Covid — e o rigoroso isolamento arquitetado por Pequim. Desde então, as titãs do setor sofrem a ponto de colocar a economia em risco (como foi o caso da Evergrande, que continua a desabar) e mesmo a Maike precisou pedir, recentemente, uma "recuperação preliminar" à Justiça, por 147 milhões de dólares (ou 745 milhões de reais) em débitos não pagos.
No início de setembro, mesmo a atividade-chefe da Maike pareceu em perigo: com dificuldade de pagar suas compras, a empresa viu provedoras internacionais de cobre como a chilena Codelco e a anglo-australiana BHP simplesmente desviar suas cargas para outros portos.
He Jinbi nem será o caso mais icônico de desaparecimento: por semanas, Jack Ma, o criador do Alibaba e então homem mais rico da China, desapareceu por semanas. Depois, em 2021, após suspeitas de ação do governo chinês, reapareceu como se nada tivesse acontecido.
E nada aconteceu desde então, já que Ma não indicou para onde tinha ido, nem se alguém o tirou de circulação — nem mesmo quando o governo chinês interviu no tamanho da empresa.
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Comentários (4)
Luiz
2023-10-24 13:18:41"O governo chinês INTERVIU ['sic']..." é "maus", hein, gente?
Odete6
2023-10-11 04:10:10É. Devem ter sido enviados para passar uns dias juntos com os também """sumidos""" russos, venezuelanos, sírios, cubanos, nicaraguenses, sudaneses, iranianos, coreanos do norte, afegãos.... e todos os demais "etecéteras"......
Abel
2023-10-10 19:48:24Atenção, Redação: “interveio” e não “intervir”.
Marcia Elizabeth Brunetti
2023-10-10 17:58:13Esse é o País que tanto os esquerdopatas admiram. Será que querem utilizar este mesmo método para os desafetos no Brasil?