O país sem ambições de Lula e Mauro Vieira
O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira (foto), restabeleceu na quinta, 8, a autodenominação do Brasil como "país em desenvolvimento" na Organização Mundial do Comércio, OMC. A direção apontada por Lula e Mauro Vieira para o Itamaraty tem duas consequências. A primeira é que o Brasil volta a desfrutar de uma posição na OMC, usada...
O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira (foto), restabeleceu na quinta, 8, a autodenominação do Brasil como "país em desenvolvimento" na Organização Mundial do Comércio, OMC.
A direção apontada por Lula e Mauro Vieira para o Itamaraty tem duas consequências. A primeira é que o Brasil volta a desfrutar de uma posição na OMC, usada principalmente por nações pobres para dar subsídios aos seus próprios fazendeiros e industriais ou postergar reformas modernizadoras, como a redução de burocracias alfandegárias.
O Brasil, como potência agrícola exportadora, não tem qualquer necessidade de usar esse expediente. Para a indústria nacional, esse privilégio também não faz sentido e vai contra os interesses brasileiros, ao sinalizar para o resto do mundo que o as empresas daqui não são competitivas e que o governo não está preocupado em realizar melhorias.
A volta para a categoria de "país em desenvolvimento", portanto, não trará benefício algum.
Mas há mais coisas envolvidas nisso. O Brasil tinha renunciado ao tratamento especial e diferenciado de "país em desenvolvimento" em conversas com o então presidente americano Donald Trump, que prometia a entrada do país na OCDE.
A OCDE é um grupo de países ricos que compartilha entre si as melhores práticas para um país se tornar desenvolvido. Se um de seus membros coloca em prática suas diretrizes, ganha em várias frentes. Com maior independência do Judiciário, separação entre poderes e redução do protecionismo e da corrupção, os países enriquecem e a população ganha com a diminuição da pobreza e da criminalidade.
A simples entrada na OCDE já traz vários ganhos indiretos. "O ingresso na OCDE é absolutamente essencial como instrumento para ajudar no processo de reformas em curso no Brasil e para colocar o país um patamar de confiabilidade, que vai permitir reduzir o custo país e atrair investimentos", disse o então chanceler Ernesto Araújo, em 2019.
Mas o governo petista e Mauro Vieira não veem ganhos na OCDE. Para eles, o melhor é o país seguir na eterna condição de "país em desenvolvimento". Sob Lula, o Brasil segue sendo o país do futuro que nunca chega.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (5)
Sergio
2023-06-11 17:30:13Esse é o destino de um povo que escolhe o passado. Rumo ao retrocesso.
Andre Luis Dos Santos
2023-06-10 02:08:51Presidente de m3rda e Chanceler de m3rda!
Adriano
2023-06-09 15:28:06COVARDE. Submetendo toda a nação a se rastejar por causa de um dinheiro que nem precisa!!!
Rodrigo Mendes Araujo
2023-06-09 13:52:06Coreia do Sul, Israel e Cingapura são países em desenvolvimento para a OMC para gozar dos benefícios dessa categoria de países. Nada mais justo que o Brasil, um verdadeiro país em desenvolvimento, também possa ter esses benefícios.
KEDMA
2023-06-09 13:20:45A última frase do texto resume tudo, Duda. 👍