O erro de Mitterrand sobre a extrema direita
O Partido Socialista português trata o partido de extrema direita Chega como se fosse o ator mais importante da política do país. "É do interesse do Partido Socialista que o Chega cresça, porque isso gera um problema sério para a direita moderada portuguesa", explica o cientista político João Pereira Coutinho. "Com o fantasma de que,...
O Partido Socialista português trata o partido de extrema direita Chega como se fosse o ator mais importante da política do país. "É do interesse do Partido Socialista que o Chega cresça, porque isso gera um problema sério para a direita moderada portuguesa", explica o cientista político João Pereira Coutinho.
"Com o fantasma de que, para governar, a direita moderada vai ter de se aliar ao Chega, o Partido Socialista consegue concentrar os votos do grande centro e os votos que iriam para a esquerda radical", diz Coutinho no podcast Latitude, lembrando, contudo, que essa estratégia à la François Mitterrand (foto) não costuma acabar bem.
O português lembra que o ex-presidente francês fez uma reforma eleitoral que permitiu à Frente Nacional, de Jean-Marie Le Pen, "aparecer nos radares da política". "De fato a Frente Nacional destruiu a direita moderada, os republicanos foram varridos do mapa. Mas os socialistas também foram", alerta Coutinho.
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