Cuba: como trabalhar em um país sem energia?
A ditadura de Cuba cancelou seu desfile oficial de 1º de Maio, em um ato inédito desde a revolução comunista. O motivo foi a falta de combustível, de acordo com a imprensa estatal. A comemoração nunca fora suspensa por motivo econômico. Os cancelamentos em 2020 e 2021 se deram no contexto da crise sanitária da...
A ditadura de Cuba cancelou seu desfile oficial de 1º de Maio, em um ato inédito desde a revolução comunista. O motivo foi a falta de combustível, de acordo com a imprensa estatal.
A comemoração nunca fora suspensa por motivo econômico. Os cancelamentos em 2020 e 2021 se deram no contexto da crise sanitária da pandemia.
Cuba tem sofrido com crises de combustíveis nos últimos anos, com a redução nas importações de petróleo de seu principal fornecedor, a Venezuela, decorrente da decadência venezuelana e de contrabando do próprio regime cubano.
A ilha depende, e muito, de petróleo, que representa quase 75% de sua matriz energética, segundo dados da Agência Internacional de Energia, da OCDE, referentes a 2019.
A escassez de energia atrapalha a vida dos trabalhadores cubanos para além do cancelamento de um mero desfile.
Há os racionamentos de energia, por exemplo. O regime anunciou cortes na capital, Havana, por quatro horas em pleno horário de expediente, entre as 10h e 14h, a cada três dias em agosto do ano passado.
Os apagões no interior chegaram a até 13 horas diárias no período noturno.
Além disso, em agosto, o regime adota política de home office para os funcionários públicos, que já sofrem com baixos salários.
Mas o home office tem um agravante em Cuba. O país tem apenas um provedor de internet, a ETECSA, controlada pelo regime.
A ditadura ainda proibia, até 2019, que cidadãos criassem redes de internet privadas em suas residências, assim como importassem roteadores.
Assim, apenas 67 mil residências tinham conexão a internet legal ao final de 2018.
Quando a ditadura declara que os funcionários estão em home office, o que está acontecendo na realidade é que a maior parte deles não está trabalhando.
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Comentários (4)
Fabio
2023-05-08 08:14:50A população toda escravizada e engessada por uma elite, e não é muito diferente daqui...
Neusa Aparecida Alves Lobo
2023-05-07 18:00:59Ótima oportunidade para a ministra do turismo nos contar como é a vida na ilha dos Castros.
Pasmo Parvo
2023-05-07 16:23:20Cuba, Venezuela, Argentina em 2023 = Brasil em 2025. O processo de desmonte do país já começou.
MaMon
2023-05-07 08:45:42E só piora....