O que especialistas dizem sobre o ataque a creche em Blumenau
Na manhã desta quarta (5), um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e matou quatro crianças num ataque. Após executar o atentado, o agressor entregou-se à polícia. Procurado por Crusoé, Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da USP, afirmou que o que foi divulgado até o momento aponta...
Na manhã desta quarta (5), um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e matou quatro crianças num ataque. Após executar o atentado, o agressor entregou-se à polícia.
Procurado por Crusoé, Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da USP, afirmou que o que foi divulgado até o momento aponta que houve um alto grau de planejamento do ataque.
"Todas as informações que chegam demonstram um alto grau de planejamento do ataque. [...] Essa situação precisa ter um fim. A gente precisa de fato mobilizar a sociedade. Nós fizemos um relatório na transição [de governo], e ele precisa sair do papel", disse Daniel Cara, que defende a implementação de uma política nacional de combate à violência às escolas, articulada com estados e municípios.
Após as declarações, Cara disse ter conversado com integrantes do Ministério da Educação. Segundo ele, a pasta articula a formulação de um decreto interministerial para elaborar uma política nacional sobre o tema.
Matheus Falivene, doutor e mestre em direito penal pela Faculdade de Direito da USP, afirmou que, considerando as circunstância divulgadas, as condutas configuram crimes de homicídio qualificado, que é hediondo. Segundo ele, é plausível considerar que o assassino tenha algum problema mental. No entanto, se isso vier a se comprovar, não vai livrá-lo de perder a liberdade.
“É possível que ele tenha problema mental, mas é difícil dizer nesse momento. Caso se comprove que o problema mental levou a sua inimputabilidade, a ele será aplicada uma medida de segurança, que é uma espécie de sanção penal cumprida em Hospital de Custódia Psiquiátrico”, explicou o criminalista.
Falivene disse ainda que o fato de o agressor ter ido até a polícia depois pode se tornar um agravante. "O fato dele ter se entregado não atenua sua pena. Pelo contrário, pode revelar uma premeditação do crime ou uma tentativa de ganhar notoriedade midiática com o fato", afirmou.
Leia aqui o posicionamento de O Antagonista e Crusoé sobre como lidar com os ataques em escolas
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Comentários (6)
Marcelo soares
2023-04-06 09:36:07Só existe um caminho pra transformar esta nação mais ordeira e pacificada: trabalhar para que o nosso dinheiro chegue ao seu destino final como educação, segurança, saúde etc. A corrupção está matando o Brasil.
Lucia
2023-04-06 01:51:04Crimes hediondos deveriam ser punidos de maneira hedionda: com a pena de morte. Não me parece inteligente colocar uma pessoa desequilibrada em altíssimo grau, como essa, em um presídio, vivendo às custas da sociedade, por longos anos, sem produzir absolutamente nada, para essa sociedade que ela mesma destruiu. Um indivíduo como esses não tem recuperação. Será sempre uma eterna ameaça e um péssimo exemplo para outros indivíduos! Não será a 1a e nem a última vez que isso acontecerá.
Dalton
2023-04-06 00:10:10A lei é para poucos neste país, quanto mais rigor na aplicação delas! Um homem desses deveria apodrecer na cadeia, o que adianta pegar 60 anos se por bom comportamento pagará só 1/3 dela? É um absurdo
ANTONIO
2023-04-05 22:21:36Trauma nacional. Precisamos de medidas urgentes para prevenir fatos desta natureza. Logo as crianças ficarão com medo de ir à escola. Onde vamos parar. Falta Deus e punições exemplares para estes criminosos covardes.
Liliam
2023-04-05 19:30:11Fosse em Cuba esse verme estaria no paredão.
João Alves Da Rocha Loures Filho
2023-04-05 17:57:58NOTORIEDADE MEDIÁTICA É A PALAVRA CHAVE PARA ENTENDER . Mimetismo doentio