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    Por que os 'arquivos do Twitter' não levarão Trump à Casa Branca

    Jair Bolsonaro chora, Donald Trump grita. O ex-presidente americano nunca desistiu de contestar as eleições que consagraram Joe Biden como seu sucessor. Compreende-se, portanto, que ele tenha se entusiasmado com a recente divulgação dos “arquivos do Twitter”, uma série de e-mails internos trocados pelos executivos da rede social que tomaram a decisão de bloquear a...

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    Jerônimo Teixeira
    6 minutos de leitura 11.12.2022 13:33 comentários 4
    Donald Trump: ação do Twitter foi censura, mas não uma "fraude colossal", como ele afirma
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    Jair Bolsonaro chora, Donald Trump grita. O ex-presidente americano nunca desistiu de contestar as eleições que consagraram Joe Biden como seu sucessor. Compreende-se, portanto, que ele tenha se entusiasmado com a recente divulgação dos “arquivos do Twitter”, uma série de e-mails internos trocados pelos executivos da rede social que tomaram a decisão de bloquear a divulgação de uma reportagem sobre as atividades muito suspeitas de Hunter Biden, filho do então candidato do Partido Democrata à presidência. Trump foi ao TruthSocial – a rede social que ele mesmo lançou depois de ser banido do Twitter – para afirmar que “uma fraude colossal desse tipo e magnitude” deveria permitir que se contorne todo o aparato legal, incluindo a própria Constituição, pois os pais fundadores dos Estados Unidos não aceitariam “eleições falsas e fraudulentas”. Em uma postagem posterior, Trump esclarece que espécie de flexibilização das leis ele propõe: como a eleição foi fraudada, o candidato lesado (vale dizer, ele mesmo, Donald Trump) deve ser conduzido à Casa Branca. Ou, no mínimo, novas eleições devem ser realizadas.

    Menos, Donald, bem menos! O caso tratado nos “arquivos do Twitter” sequer constitui uma fraude eleitoral, embora seja, de fato, um fiasco.

    Resumo da história: em outubro de 2020, três semanas antes da eleição, The New York Post revelou e-mails de Hunter Biden nos quais ele negociava uma reunião entre seu pai, então vice-presidente dos Estados Unidos, e o representante de uma empresa de energia ucraniana. Ao que consta, o encontro não ocorreu, mas o jornal apresentava indícios fortes de corrupção e de lobby irregular comandados pelo filho de Joe Biden. Engajada na campanha do candidato democrata, a imprensa tradicional correu para desacreditar a reportagem, sugerindo até que os e-mails eram fabricados por agentes russos. Para ser justo, a origem do material que serviu de base para a matéria do Post era esquisita: seria um laptop que o próprio Hunter deixou para reparos em uma oficina. Desde então, porém, diferentes analistas confirmaram a autenticidade dos e-mails. O que nunca se confirmou foi a participação da inteligência russa na história.

    Tal como a grande imprensa, o Twitter entrou no modo “não é hora de criticar o PT” (opa, quis dizer Partido Democrata!). Por 16 dias, a rede tratou a matéria do Post como se fosse pornografia infantil: não poderia ser publicada de jeito nenhum. Alegou-se que os regulamentos do Twitter proibiam a divulgação de conteúdo privado obtido por hackers ou por vazamento ilegal. No entanto, como observou o jornalista David French em um artigo recente na revista The Atlantic, a rede não impediu que seus usuários compartilhassem as reportagens do The New York Times que trouxeram informações vazadas das declarações de renda de Trump.

    Sob ataque por sua draconiana gestão de recursos humanos e pelo vexame dos perfis “verificados" que na realidade eram falsos, Elon Musk, novo dono do Twitter, resolveu expor o despautério da antiga gerência: cedeu a um jornalista independente, Matt Taibbi, os tais “arquivos do Twitter”. Taibbi publicou seus achados no própria rede de Musk (pessoalmente, acho muito desconfortável ler uma matéria jornalística em um “fio" do Twitter – mas sou um homem do século passado). Em artigo na National Review – veículo conservador, mas não trumpista –, Jeffrey Blehar, advogado e analista de eleições, resumiu bem a matéria. Taibbi, diz ele, não trouxe “revelações explosivas”, mas confirmou o que já se sabia sobre o episódio de 2020: “Os funcionários do Twitter eram progressistas enclausurados em uma bolha progressista tomando indefensáveis decisões ad hoc com base em suas premissas de esquerda – decisões que resultaram na vergonhosa censura de informações que se revelaram cem por cento acuradas e de sensível interesse político”.

    O caso é mais uma mancha no histórico político das redes sociais (o Facebook saiu-se só um pouco melhor que o Twitter: não proibiu a reportagem do Post, mas limitou sua circulação) e um constrangimento para jornalões como The New York Times e The Washington Post, que só tardia e timidamente reconheceram como legítimos os e-mails de Hunter Biden. Daí a dizer que esta é a história de uma “fraude colossal” vai uma distância maior do que a que separa Mar-a-Lago, o resort de Trump na Florida, da Casa Branca, em Washington. A ridícula pretensão de apagar as leis para voltar à presidência no tapetão foram desautorizadas pelo próprio Musk, em um tuíte lapidar: “Nenhum presidente é maior que a Constituição. Fim de papo”. E o próprio The New York Post, em editorial demolidor, diz que só Trump poderia tirar conclusões tão equivocadas sobre a censura praticada pelo Twitter. “Mesmo em um mundo (completamente imaginário) em que Trump afinal apresentasse provas efetivas de todas suas alegações delirantes sobre urnas adulteradas em 2020, Joe Biden ainda seria nosso presidente legítimo”, diz o jornal. Pois assim manda a lei do país.

    Embora injustificável, o veto do Twitter à história do laptop de Hunter Biden dificilmente terá influenciado o resultado eleitoral. Como David French pondera em The Atlantic, o Twitter é apenas um canal no vasto mercado de ideias dos Estados Unidos. A reportagem do Post não desapareceu apenas porque uma rede social tentou barrá-la. French especula que pode ter acontecido o contrário: a censura do Twitter levantou um debate nacional que bem pode ter contribuído para ampliar a repercussão da história sobre e-mails suspeitos.

    Eu avançaria um tanto mais nesse argumento: a censura também reforçou a ideia de que Trump é um líder perseguido – de que o sistema, o establishment, as elites não o querem em Washington, e por isso tentam ocultar as maracutaias do candidato democrata e de seu filho pródigo. O Twitter deu uma pequena contribuição para imagem de político antipolítica cultivada por Trump.

    Que é, mal comparando, o que o STF tem feito pelos políticos bolsonaristas no Brasil.

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    Jerônimo Teixeira

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    Comentários (4)

    GIUSEPPE MARIA VOZZA

    2022-12-12 11:40:33

    Há, há, há...o Trump promoveu o ataque ai Congresso dos seus malucos, com mortos e feridos..... e parece que já ficou tudo bem resolvido para ele! E vamos nos escandalizar por esta estupidez de uma Rede Privada decidir o que publicar ou menos nas suas páginas. Muito ridículo!


    Odete6

    2022-12-12 00:34:10

    O velho agente-laranja mentecapto de sempre, agora bicolor e incuravelmente histérico.


    Eduardo

    2022-12-11 15:09:01

    Gostei da conclusão. Políticos antipolítica acabam sendo promovidos co. Esse tipo de ação


    Rosele Sarmento Costa

    2022-12-11 13:51:59

    Excelente texto! 👏👏👏👏 Lá como cá a história se repete! Vida que segue!


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    Comentários (4)

    GIUSEPPE MARIA VOZZA

    2022-12-12 11:40:33

    Há, há, há...o Trump promoveu o ataque ai Congresso dos seus malucos, com mortos e feridos..... e parece que já ficou tudo bem resolvido para ele! E vamos nos escandalizar por esta estupidez de uma Rede Privada decidir o que publicar ou menos nas suas páginas. Muito ridículo!


    Odete6

    2022-12-12 00:34:10

    O velho agente-laranja mentecapto de sempre, agora bicolor e incuravelmente histérico.


    Eduardo

    2022-12-11 15:09:01

    Gostei da conclusão. Políticos antipolítica acabam sendo promovidos co. Esse tipo de ação


    Rosele Sarmento Costa

    2022-12-11 13:51:59

    Excelente texto! 👏👏👏👏 Lá como cá a história se repete! Vida que segue!



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