Juiz nega mais uma vez acesso a 'celular-bomba' da JBS
O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, negou nesta quinta-feira, 23, o pedido do procurador da República Ivan Cláudio Marx para quebrar a senha do aparelho celular do ex-diretor Jurídico da J&F Francisco de Assis e Silva (foto), apreendido pela Polícia Federal em 2017. Trata-se de mais uma decisão...
O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, negou nesta quinta-feira, 23, o pedido do procurador da República Ivan Cláudio Marx para quebrar a senha do aparelho celular do ex-diretor Jurídico da J&F Francisco de Assis e Silva (foto), apreendido pela Polícia Federal em 2017.
Trata-se de mais uma decisão da Justiça evitando o acesso dos investigadores ao celular do ex-executivo, que tem se recusado a fornecer a senha mesmo após fechar um acordo de colaboração premiada.
O Ministério Público Federal havia solicitado acesso ao aparelho em maio de 2017, no âmbito das investigações da operação Bullish, sobre fraudes em operações do BNDES para favorecer o Grupo JBS. Na ocasião, o procurador do caso não tinha conhecimento do acordo de colaboração de Francisco, que havia sido fechado com a Procuradoria Geral da República em sigilo.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, porém, negou acesso aos investigadores, com o argumento de que o celular de Francisco tem informações que devem ser preservadas pelo sigilo entre advogado e cliente. Ao apresentar a denúncia da Bullish neste ano, o procurador Ivan Marx argumentou que Francisco e outros ex-executivos da empresa se comprometeram em seus acordos de colaboração a fornecer todas as provas às autoridades.
O juiz Marcus Vinícius, porém, seguiu o entendimento do TRF-1. Ele também aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-ministro Guido Mantega e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, mas não as acusações contra o ex-ministro Antonio Palocci e Joesley Baptista feitas pela Procuradoria da República a partir das investigações da Bullish.
Integrantes da CPI do BNDES também pediram ao Supremo acesso ao telefone, mas o pedido foi negado três vezes pela ministra Cármen Lúcia, que prefere aguardar que o mérito seja julgado no plenário da Corte.
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Comentários (10)
MAURICIO
2019-05-25 02:16:46Este celular só pode ser o 'tendão de Aquiles' da nossa comprometida justiça brasileira. Uma grande tristeza e decepção para todos brasileiros que querem saber da verdade.
Cássio
2019-05-24 19:05:45Eita celularzinho difícil!
JOSE CARLOS
2019-05-24 16:02:51Tem ministro do supremo envolvido aí.Uma batalha dificil de ganhar no país da corrupção.
Solange
2019-05-24 14:37:27mais e mais vergonha
Caetano
2019-05-24 13:24:05Nossa Justiça é "justissia", "justicia", "justisa" menos justiça. É brincadeira. Tá na cara que sabem exatamente o que está gravado neste celular que é altamente comprometedor e por isso deve ser "preservado". Quando seremos um país sério???
Sonia
2019-05-24 12:44:17Incrivel o medo que a justiça tem do conteudo desse celular ?????
João
2019-05-24 12:03:45Prova cabal que os brasileiros probos e ordeiros não podem contar com a justiça.A instituição sempre foi “capenga”, após a constituição de 88, virou uma excrescência
Geraldo
2019-05-24 11:10:21Quem tem "U" tem medo. Imagine o que não há na memória desse celular. Algum dia seremos um País sério? Não! Nunca seremos.
João
2019-05-24 08:39:57Enquanto estes Togados Blindarem este telefone só um bandido poderia desbloquear sabem quem ? no próximo capitulo eu falo quem !
Marcos
2019-05-24 07:42:04No meu tempo, juiz existia para fazer justiça, não para obstrui-la. Quando isso ocorre é corrupção à vista.