Tropeço diplomático: chileno Gabriel Boric erra com Israel
O presidente do Chile, Gabriel Boric (foto), assumiu em março prometendo uma política externa que respeitaria os direitos humanos e o meio ambiente. Enquanto outros governos de esquerda aplaudem as ditaduras de Venezuela e Cuba, o chileno indicava uma linha mais moderna e mais democrática. Não durou muito para o governo de Boric cometer o...
O presidente do Chile, Gabriel Boric (foto), assumiu em março prometendo uma política externa que respeitaria os direitos humanos e o meio ambiente. Enquanto outros governos de esquerda aplaudem as ditaduras de Venezuela e Cuba, o chileno indicava uma linha mais moderna e mais democrática.
Não durou muito para o governo de Boric cometer o seu primeiro grande tropeço diplomático. Esta semana, o presidente negou-se a receber as credenciais do embaixador de Israel, Gil Artzyeli. Boric teria ficado nervoso após saber da morte de um palestino de 17 anos em confrontos na Cisjordânia.
Artzyeli tinha ido até a residência de Boric para mostrar suas credenciais, mas em cima da hora foi informado de que o encontro teria sido cancelado por causa da "morte de crianças em Gaza". Foi uma confusão estranha, uma vez que o acontecimento em questão se referia à morte de um jovem palestino na Cisjordânia.
Depois de a comunidade judaica protestar, os chilenos ensaiaram uma retratação. O embaixador Artzyeli foi chamado para o Ministério de Relações Exteriores nesta quinta, 15. Ao sair do prédio, afirmou: "Tivemos uma longa reunião, de mais de uma hora, na qual eles pediram desculpas à minha pessoa e ao Estado de Israel, repetidas vezes. Abrimos uma nova página. Para mim, foi um incidente não muito cômodo esta semana. Sendo um israelense e um judeu, meu povo passou por muitas coisas nos últimos 4 mil anos e vamos superar esse incidente, pelo bem do Chile, pelo bem de Israel e de nossas relações bilaterais".
Nesta sexta, 16, mesmo após a conversa em Santiago, o governo de Israel afirma que está aguardando esclarecimentos do governo chileno. "Israel vê com gravidade o comportamento intrigante e sem precedentes do Chile. Isso prejudica seriamente as relações entre os dois países", diz a nota publicada por Israel.
Os desentendimentos entre Boric e a comunidade judaica não começaram agora. Em 2019, quando ainda era deputado, Boric atacou a comunidade judaica do Chile após receber um presente. Nas redes sociais, ele escreveu: "A Comunidade Judaica no Chile me enviou um pote de mel para o Ano Novo judaico, reafirmando seu compromisso com 'uma sociedade mais inclusiva, solidária e respeitosa'. Agradeço o gesto, mas eles poderiam começar pedindo a Israel que devolva o território palestino ocupado ilegalmente".
A esperança agora é que Boric, que fez sua carreira no movimento estudantil, tenha mais maturidade na cadeira de presidente.
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Comentários (6)
Davidson
2022-09-17 16:04:43Comuna !!! 🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮
André
2022-09-16 16:57:37Antisemitas existem em todos lugares...
QUEIROZ
2022-09-16 16:49:29Que mané... 17 anos não é criança, e mesmo uma "criança" atacando um soldado, deixa de ser criança e passa a ser um soldado inimigo, um criminoso, ou um terrorista. Se Boric tiver alguma dúvida, pergunte aos policiais que sobem as favelas o que uma "criança" de 17 armada é capaz de fazer. Ou Boric vai negar que os palestinos atacam diuturnamente soldados israelenses?
Edson Andreatta
2022-09-16 13:17:24Se acham que brasileiros são racistas, misóginos, preconceituosos; convivi com muitos chilenos, não viram nada. Não imaginam o elitismo e a soberba deste pessoal, exemplo este ex deputadinho criança que por descuido virou presidente querendo enquadrar Israel. É muita pretensão. Em tempo não sou judeu.
Carlos Roberto Pereira
2022-09-16 13:13:05pobre Chile, pobre Argentina, pobre Brasil, pobre América Latrina...
Amaury G Feitosa
2022-09-16 12:11:34O pior ainda está por vir ... somos o Chile amanhã? queira Zeus que não.