Datapovo: dá para confiar?
No Brasil e no mundo, as pesquisas eleitorais foram colocadas em dúvida após erros do passado. Crusoé analisa se ainda faz sentido acreditar nelas
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Nunca o eleitor brasileiro foi bombardeado por tantas pesquisas. Em algumas semanas, até mesmo três delas chegam a ser divulgadas, somente sobre a corrida presidencial. Embora uma mesma pesquisa se mantenha em geral consistente de uma edição para outra, os números apresentados por empresas diferentes podem divergir em dez pontos percentuais, ou até mais. Junte-se a essa discrepância o fato de que os resultados de eleições recentes, como a de 2018, afastaram-se das estimativas feitas por institutos tradicionais, e está explicado por que muitos eleitores hoje têm grandes dúvidas sobre a precisão das pesquisas, enquanto políticos as atacam frontalmente quando os resultados lhes são desfavoráveis. Ainda que Jair Bolsonaro venha estreitando sua diferença em relação a Lula, esse tipo de ataque se mantém comum especialmente entre seus apoiadores. Nesta semana, Flávio Bolsonaro afirmou em uma entrevista que seu pai deve vencer disparado, no primeiro turno, as eleições de 2022. A base para essa previsão seriam sondagens encomendadas pela campanha bolsonarista e o “Datapovo” — uma expressão que engloba tanto as aglomerações com que Bolsonaro é recebido em eventos, quanto enquetes organizadas por veículos de comunicação, simpatizantes ou meros curiosos (como fez, cerca de um mês atrás, o dono de um posto de gasolina em uma estrada movimentada). Números do tal Datapovo têm circulado bastante nas redes sociais, sempre como contraponto a levantamentos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que mostram Bolsonaro atrás de Lula. Eles vêm acompanhados de mensagens como esta, disparada em 11 de maio no Twitter, mais uma vez pelo filho 01: “Nova pesquisa? No, tks. Essas amostras de 1.000 pessoas com metodologia questionável não me convencem. Prefiro essa pesquisa aqui, com mais de 2 milhões de votos, um IP válido por voto, e por todo Brasil". Nesse exemplo, o presidente aparece com quase quarenta pontos a mais que o seu adversário petista.
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Comentários (10)
Eduardo
2022-09-05 16:04:03Vocês produziram um bom artigo dissecando diversas pesquisas sobre variados assuntos. No caso da pesquisa eleitoral, o assunto é complexo e muito sério. Mexe com a vida do pais e de sua população fragilizada no período pois verdades e mentiras são assuntos que se chocam e influenciam. E muito! A história está aí. Não acredito em pesquisa eleitoral. E sou contra as mesma. Produto de mídia, fácil de manipulação, ela é um prato cheio para a mídia politica e, sem dúvida, distorce opiniões.
Ivanilson
2022-07-08 17:15:50Uma coisa continua sem explicação! Como se dá a escolha de municípios na amostragem?
Nyco
2022-05-23 21:29:36Confio mais na enquete online porque a internet abrange praticamente todo o território nacional, inclusive aldeias indígenas e ribeirinhos. Quem não tem um Smartphone hoje em dia? _ A enquete colhe opiniões de milhões de brasileiros contra uma pesquisa de mil a 2 mil entrevistados, inclusive em porta de cadeia como já ocorreu num passado recente. SE uma pessoa usa duas máquinas diferentes para votar duas vezes, não vejo problema, já que o outro lado pode fazer o mesmo.
Claudio Roberto Moreira Da Rocha
2022-05-23 20:57:57Se pesquisa fosse seria Russomano seria Presidente dos EUA
Samuel Correia
2022-05-23 09:28:19Muito hsjsksksjshs
Ricardo
2022-05-23 08:32:01o presente de casamento da janja será um cartão corporativo, sem limite, para gastar milhões de reais, graças aos eleitores do lula
Elvio
2022-05-22 18:33:42Pesquisa é igual mini-saia mostra tudo mas não mostra o essencial
Eduardo Manoel Pereira
2022-05-22 12:01:58Muito esclarecedora. De vez em quando é bom ver alguma coisa educativa por aqui. Só faltou esclarecer a quem interessam as pesquisas. Sei que para as empresas é importante saber os rumos da economia, por exemplo, para que possam traçar estratégias mais exatas. Mas nem isso é possível, pois os políticos não comprem promessas. Para que seguir as pesquisas em lugar das nossas próprias convicções?
Humberto POA
2022-05-22 11:36:16Sou prof. e pesquisador da área de Exatas. O problema dessas pesquisas é que são facilmente manipuláveis por ter conflito de interesse. Na fase da entrevista, basta inverter a ordem dos candidatos no questionamentos, fazer perguntas enviesadas ou na hora da definição da extratificação dos dados dar ênfase a uma região geográfica e já era a confiabilidade. Quem audita as pesquisas pagas por políticos? As pessoas não tem acesso real a metodologia e aos metadados. Não são disponibilidados.
Elaine
2022-05-22 09:46:59Sem esquecer que pesquisa é fotografia do momento . Intercorrências imprevistas podem mudar tudo completamente da noite para o dia .