Delegados da PF chamam de 'desrespeito' reajuste de 5%
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal criticou o presidente Jair Bolsonaro (foto) pelo descumprimento do "compromisso firmado" em nome da "reestruturação das forças policiais da União", que previa reajustes salariais superiores ao percentual de 5%, definido pelo governo federal para todo o funcionalismo. Em princípio, a gestão Bolsonaro pretendia usar o espaço no...
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal criticou o presidente Jair Bolsonaro (foto) pelo descumprimento do "compromisso firmado" em nome da "reestruturação das forças policiais da União", que previa reajustes salariais superiores ao percentual de 5%, definido pelo governo federal para todo o funcionalismo.
Em princípio, a gestão Bolsonaro pretendia usar o espaço no orçamento de 2022 para beneficiar somente a PF, a Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Penitenciário Nacional. A ADPF, assim, esperava um aumento na faixa entre 16% e 20%. Decepcionada com o percentual anunciado, a entidade assegurou que não aceitará "calada" o que classificou como um "desrespeito".
A reestruturação de carreira da PF era articulada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. O chefe da equipe econômica, Paulo Guedes, no entanto, sempre foi contra por entender que a concessão do benefício aos policiais, priorizando somente essa categoria, poderia levar as demais carreiras federais a se mobilizarem para inviabilizar a reeleição de Bolsonaro, devido à gritaria geral que o gesto tenderia a causar.
A ADPF manifestou "total indignação" e "repúdio" a respeito da decisão de Bolsonaro. A associação acrescentou que a PF precisa ser valorizada e a "segurança pública tratada efetivamente como prioridade e não objeto de discursos vazios ou um slogan de campanha".
"A ADPF não se opõe a quaisquer reajustes aos demais servidores públicos. No entanto, é preciso ressaltar que este Governo não está reconhecendo o sacrifício feito todos os dias pelos Policiais Federais que mesmo durante a pandemia continuaram atuando firmemente e batendo recordes de operações, ainda que com déficit de efetivo, trabalhando em constante sobreaviso, sem assistência psicológica ou sequer plano de saúde implantado", pontuou a associação.
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Comentários (9)
Jaime
2022-04-15 22:56:27...é uma categoria se achando melhor que outra e um @#$%^&& jumento apoiando.
luiz antonio-rj
2022-04-15 11:17:51É o déficit cognitivo do Bolsonaro. Mesmo com 3 décadas pendurado na teta do erário e convivência no setor público desconhecia o corporativismo do serviço público? Tem mais é que pastar!
Marcello
2022-04-14 18:57:59Com país em crise, não há como conceder aumentos! Resta aos descontentes procurarem outro emprego, noutro lugar! (o que a maioria da população costuma fazer)
Almar Sigiliano De Siqueira
2022-04-14 18:27:28Não sei se é hora de aumento salarial devido a crise que vivemos.
Amaury G Feitosa
2022-04-14 17:28:18Dura verfade sim com estratégia zero excesso de barbeiragem a quadrilha e tentáculos vêem a cada dia o poder mais perto ...que idiotice.
Joao Batista Da Costa
2022-04-14 17:00:49com o orçamento paralelo em vigor e a todo vapor e o STF calado, nunca jamais vai ter recursos para se fazer justiça salarial aos servidores públicos concursados, pois, desde que entrou no governo Paulo Guedes nunca viu reajustes aos servidores como prioridade, afirmando que não tem qualquer compromisso com a classe e vai ser assim até o fim desse desgoverno.
MARCOS
2022-04-14 16:38:27DESCULPEM OS SERVIDORES PÚBLICOS MAS 5% É O MAIOR ÍNDICE POSSÍVEL POIS O RESTO DA GRANA FOI PARA O ORÇAMENTO SECRETO (PARA OS BOLSOS DE SUAS EXCRECÊNCIAS PARLAMENTARES.
Hierania
2022-04-14 14:06:16Hoje, o Brasil vive uma crise moral, sem precedentes. Precisamos redesenhar o Estado brasileiro, para que os direitos, os deveres e as responsabilidades sejam melhor definidos. A falta de moralidade pública leva o Estado a falência.
Amaury G Feitosa
2022-04-14 13:39:35O país está em crise e elites cínicas fingem não ver por emparedadas por uns constituição estúpida snti-povo .. ridículo.