STF descarta reajuste e juízes apostam em 'plano B'
Enquanto servidores vinculados ao Executivo garantiram um reajuste de 5% em seus contracheques e analistas do Judiciário tendem a receber o mesmo aumento, juízes e procuradores ainda buscam um caminho para conseguir o que chamam de "recomposição salarial". Entidades que representam as categorias ouviram da cúpula do Supremo Tribunal Federal, há cerca de um mês,...
Enquanto servidores vinculados ao Executivo garantiram um reajuste de 5% em seus contracheques e analistas do Judiciário tendem a receber o mesmo aumento, juízes e procuradores ainda buscam um caminho para conseguir o que chamam de "recomposição salarial".
Entidades que representam as categorias ouviram da cúpula do Supremo Tribunal Federal, há cerca de um mês, que não há espaço orçamentário para a concessão do reajuste ainda neste ano.
A Associação dos Magistrados Brasileiros, a AMB, argumenta que as perdas inflacionárias da magistratura nos últimos anos chegam a cerca de 40%.
O presidente do STF, Luiz Fux (foto), no entanto, nem sequer chegou a submeter o tema formalmente ao plenário por entender que não há ambiente para a aprovação. Para além do cenário de crise econômica, integrantes da corte temem que a concessão de aumentos salariais desgaste a imagem do Supremo.
"Para dar aumento para juízes, eles têm de aumentar os próprios salários e, assim, sobe todo teto do funcionalismo. É um impacto gigantesco", afirma um interlocutor do STF.
Como "plano B", as associações passaram articular no Congresso a aprovação de uma emenda à Constituição que estabelece um acréscimo de 5% nos contracheques de membro do Ministério Público e da magistratura a cada cinco anos -- os chamados "quinquênios".
O problema é que a PEC tramita no Senado desde 2013 e não há previsão de ir a plenário. "Tudo depende, né? Mas no Brasil é assim... Como diria um ex-ministro, onde passa um boi, passa uma boiada", brincou um interlocutor do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
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Comentários (10)
Maria Dorcina de Queiroz
2022-04-19 09:36:54Esse povo não tem vergonha não? E o salário mínimo?
Manoel
2022-04-19 07:09:39Coitados … a inflação atingiu somente o judiciário.
MARCOS
2022-04-18 20:58:53juízes demais, justiça de menos e super salários.
CELSO VEIGA DE OLIVEIRA
2022-04-18 17:46:51Judiciario brasileiro , um dos mais bens pagos no mundo, para burlar o teto, usam os penduricalhos, estão com salarios defasados? é brincadeira
VARLICE
2022-04-18 14:08:29Sofrem demais todos eles! Como não ser solidário com juízes e desembargadores deste Brasil varonil?
Elisa
2022-04-18 12:39:48Todos tem que sobreviver nesse Pais com uma inflação tão alta.Impossivel, não ter qualquer recomposição salarial apos uma pandemia como a da covid .Todos necessitam sobreviver independe do cargo que ocupam.
LEONARDO LIMA DA SILVA
2022-04-18 11:35:05Juízes e procuradores já ganham muito bem. Além de salários que são os maiores do serviço público, ganham penduricalhos que não são disponibilizados nos sites dos tribunais.
Hierania Avelino
2022-04-17 19:47:08Se não tivessem medo, outros galos cantariam no Brasil!…
Hierania Avelino
2022-04-17 19:45:02Os Ministros do “Supremo Tribunal Federal” têm medo dos deusembargadores mineiros. O Tribunal de Justiça mineiro é o poder paralelo.
Hierania Avelino
2022-04-17 18:51:59A situação das pensionistas de magistrado é bastante grave. As mulheres e filhos com deficiência de magistrado são invisíveis para as autoridades nacionais. Se pudessem, mandariam-nos fuzilar.