Braço direito de Aras é promovida a número dois da PGR
Uma das mais próximas auxiliares de Augusto Aras, Lindôra Araújo (foto) assumirá o cargo de vice-procuradora-geral da República. Ela vai suceder Humberto Jaques, que deixou o posto "a pedido" por razões pessoais, segundo o órgão. Até então, Lindôra coordenava a Assessoria Jurídica Criminal da PGR e, por isso, tem experiência representando a instituição em ações...
Uma das mais próximas auxiliares de Augusto Aras, Lindôra Araújo (foto) assumirá o cargo de vice-procuradora-geral da República. Ela vai suceder Humberto Jaques, que deixou o posto "a pedido" por razões pessoais, segundo o órgão.
Até então, Lindôra coordenava a Assessoria Jurídica Criminal da PGR e, por isso, tem experiência representando a instituição em ações em trâmite no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça.
A nova vice-PGR esteve à frente, por exemplo, de processos relacionados à Lava Jato e à Greenfield e de operações sobre desvios de recursos públicos federais destinados a governadores para o combate à pandemia.
Além disso, atuou em inquéritos vinculados a bolsonaristas, como o que mira a atuação de uma milícia digital contra a democracia, muito embora seja próxima a nomes do clã, como Flávio Bolsonaro. De acordo com a PGR, por ora, ela continuará despachando nesses casos.
No cargo de subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo protagonizou polêmicas. Em 2020, manobrou para obter dados da Lava Jato -- ela chegou a visitar a sede do Ministério Público Federal no Paraná para obter gravações e documentos da força-tarefa.
No ano passado, pela vinculação a investigações sobre esquemas de corrupção implementados durante a crise sanitária, conhecidas como "Covidão", Lindôra quase entrou na mira da CPI da Covid.
A então subprocuradora-geral da República seria chamada a depor como testemunha, mas, para impedir a convocação, Aras fez uma "recomendação" a senadores. "Disse assim: se a Lindôra for convocada será uma afronta ao Ministério Público sem precedentes na história do Brasil", contou Renan Calheiros, durante uma sessão da comissão.
Segundo o Ministério Público Federal, apesar de a mudança ter efeito "imediato", Jacques vai continuar "contribuindo com a gestão efetivando a transição do trabalho". Tanto ele quanto Lindôra integram a gestão de Aras na Procuradoria-Geral da República desde o início, quando o chefe da instituição foi indicado pela primeira vez ao cargo, em 2019, pelo presidente Jair Bolsonaro, fora da lista tríplice elaborada por procuradores.
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Comentários (5)
Marcello
2022-04-04 23:23:42PGR serve para defender PR? Só isso?
Marcia E.
2022-04-04 19:40:49o Brasil parece uma ditadura com esse Aras.
Nyco
2022-04-04 18:13:45Fico imaginando o tamanho da preocupação da Lindora em depor perante a CPI circense comandada pela tríade de PTralhas; ANTA amazonense, Saltitante do AP e Ruinan Cagalheiros. _ Alguém sabe no que deu a CPI Circense? _ Qdo o PR Bolsonaro vai sentar no banco dos réus do tribunal de Haia? __ kkkk!!
CARLOS HENRIQUE
2022-04-04 17:32:36Lamentável termos servidores públicos tão "engajados" ocupando os postos mais importantes da República.
Luiz
2022-04-04 16:03:33O retrato da mediocridade da Justiça desse País .