MPF vai investigar contratação de empresa de familiares do presidente do Tribunal de Contas de MS
O Ministério Público Federal vai analisar uma denúncia que mobilizou o meio político de Mato Grosso do Sul. O município de Corumbá contratou sem licitação uma empresa recém-criada para promover a regularização fundiária de lotes na cidade. Um detalhe transformou a negociação de 4,1 milhões de reais, com fortes indícios de superfaturamento, em um escândalo...
O Ministério Público Federal vai analisar uma denúncia que mobilizou o meio político de Mato Grosso do Sul. O município de Corumbá contratou sem licitação uma empresa recém-criada para promover a regularização fundiária de lotes na cidade. Um detalhe transformou a negociação de 4,1 milhões de reais, com fortes indícios de superfaturamento, em um escândalo local: a Prosperitate Consultoria, que ganhou o contrato, é de propriedade de um filho e da mulher de Iran Coelho das Neves (foto), conselheiro e presidente do Tribunal de Contas do estado. A corte é responsável por fiscalizar justamente os gastos e contratos firmados pelo poder público no estado.
Consultado por Crusoé, o MPF informou que recebeu uma representação sobre o caso. A procuradora Samara Yasser Yassine Dalloul, do 2º Ofício de Corumbá, ficará responsável pela análise das circunstâncias e detalhes da contratação suspeita.
A pedido do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a Justiça determinou a suspensão liminar do contrato. Segundo o MP, o município não poderia ter feito a contratação da empresa por meio de dispensa de licitação. “Era perfeitamente cabível e viável a competição entre os interessados por meio do devido processo licitatório”, apontaram os promotores na ação.
Ainda de acordo com o MP, a prefeitura de Corumbá não explicou os critérios para definição dos valores do contrato, nem apresentou pesquisa de preços de mercado ou de bancos de dados públicos. Também não houve justificativa para a escolha do fornecedor do serviço. Diante das irregularidades constatadas, a Justiça suspendeu o contrato. Procurada, a assessoria do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul informou que o presidente da corte não comentaria a denúncia.
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Comentários (6)
CARLOS HENRIQUE SCHNEIDER
2022-03-21 08:25:44Atualmente existem empresas brasileiras de agrimensura, inúmeras delas, que contam com imagens de satélite e aparelhos de alta precisão e programas capazes de executar serviços desta natureza pela metade do valor informado. Um absurdo quando parte de autoridades que deveriam zelar pelos recursos públicos.
Heraldo Marques Figueiredo
2022-03-21 07:53:43vão todos pagar uma cesta básica, depois do trânsito em julgado da sentença condenatória, em 2050.
Nilson
2022-03-20 21:52:47O nepotismo e o fisiologismo é parte dos tres poderes desde que o Brasil se tornou republica. Não tem santo, todos querem se dar bem, por isto os meios justificam o fim.
MARCOS
2022-03-20 20:51:37NÃO SE PREOCUPE SR. PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO MS, NÃO VAI DAR EM NADA, NO BRASIL O CRIME COMPENSA PARA OS PODEROSOS. VIDE LULA, EMPREITEIROS E POLÍTICOS ENROLADOS NA LAVA JATO. ESTÃO TODOS SOLTOS, LIVRES, LEVES E COM MUITO DINDIM NO BOLSO.
JOEL
2022-03-20 16:20:06Eh meu amigo, como promover uma operacao lavatoga se o senado, orgao responsavel em promove-la esta cheio de senadores bandidos, canalhas, corruptos comecando pelo presidente, estao ate o pescoco com processos que serao julgados pelos sinistros do STF! Entao, ninguem condena nem impicha o outro numa cumplicidade mutua das mais canalhas, bandidas que duas instituicoes tao importantes para o estado democratico de direito estao descaradamente praticando e lesando a nacao e o povo brasileiros.
Tereza
2022-03-20 14:41:03Está na hora de termos uma operação Lava Toga.