'Não temos como nos precaver de tudo', diz Bolsonaro, em Petrópolis
O presidente Jair Bolsonaro (foto) declarou nesta sexta-feira, 18, que o governo federal não tem como adotar, de uma só vez, medidas preventivas para evitar possíveis tragédias em todo o território brasileiro, que tem cerca de 8,5 mil km² de extensão. Bolsonaro fez o comentário durante uma visita a Petrópolis, cidade fluminense que contabiliza centenas...
O presidente Jair Bolsonaro (foto) declarou nesta sexta-feira, 18, que o governo federal não tem como adotar, de uma só vez, medidas preventivas para evitar possíveis tragédias em todo o território brasileiro, que tem cerca de 8,5 mil km² de extensão.
Bolsonaro fez o comentário durante uma visita a Petrópolis, cidade fluminense que contabiliza centenas de mortes e desaparecimentos em decorrência das chuvas. O presidente da República conversou com a imprensa após sobrevoar as áreas afetadas pelos temporais.
"Por muitas vezes, não temos como nos precaver de tudo que possa acontecer nesses 8,5 mil km². A população, logicamente, tem razão em criticar. Mas aqui é uma região bastante acidentada. Infelizmente, tivemos outras tragédias aqui. A gente pede a Deus que não ocorram mais. E vamos fazer nossa parte", pontuou.
O chefe do Executivo acrescentou que, durante o sobrevoo, viu uma "intensa destruição". "É uma imagem quase que de guerra. É lamentável. Tivemos uma perfeita noção da gravidade do que aconteceu aqui em Petrópolis".
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, pontuou que o volume de chuvas identificado na região ficou "bastante acima dos parâmetros de normalidade". "Parece que foram as chuvas mais intensas nos últimos 90 anos, na cidade de Petrópolis. Isso, por si só, já geraria aqui ou em qualquer lugar do mundo um desarranjo na cidade", comentou.
Na quinta-feira, o MDR liberou 2,33 milhões de reais "para assistência à população afetada e para início dos serviços de limpeza urbana". Um dia depois, Marinho frisou que o governo tem espaço no orçamento para novos repasses, mas destacou que as transferências dependem dos projetos apresentados pela Prefeitura.
"O que será liberado será em função dos planos de trabalho feitos pelo município. Esse é um protocolo internacional e nacional", pontuou. "A gente só vai saber, por exemplo, qual a necessidade de reconstrução depois que normalizar o processo dentro da própria cidade".
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Comentários (7)
PAULO
2022-02-18 21:59:281- A tsunami formada depois de um maremoto que destruiu parte do Japão, foi sim um Cisne Negro pela sua magnitude, tanto é que atingiu a usina nuclear de Fukishima, pois os mecanismos de segurança não contavam com algo tão extremo. Agora a tragédia de Petrópolis, que se repete num intervalo de 11 anos, é banalidade no Brasil. Liberar 2,3 milhões para atender o município, é um escárnio.
Maria
2022-02-18 19:54:34o dinheiro desviado pelo deputado Bolsonaro e família daria para proteger as encostas de Petrópolis contra as enchentes
Vasconcellos
2022-02-18 19:41:29Não sei por que Bolsonaro agora se mostra preocupado com essas prováveis duas centenas de mortes em Petrópolis. Ele não deu a mínima para as seiscentas mil mortes da Covid. E não é ele que diz que "todos vamos morrer um dia"? Banalizando as tragédias das outras pessoas. Desde que não sejam na família dele, é claro.
MARCOS
2022-02-18 14:32:52PAPO DE POLÍTICO. DESDE OS MEUS ONZE ANOS (1965) QUE EM JANEIRO E FEVEREIRO ACONTECEM TRAGÉDIAS DEVIDO AS CHUVAS NO RIO DE JANEIRO E OS POLÍTICOS FICAM SÓ NAS PALAVRAS. NADA FAZEM DE CONCRETO PARA ACABAR COM O PROBLEMA. PAPO DE POLÍTICO NÃO CONVENCE MAIS.
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2022-02-18 13:50:59o governo municipal sim em Petrópolis era óbvia uma tragédia como esta .. agora imaginem isto na Rocinha no Rio?
MARCIO
2022-02-18 12:26:16Ter tem, mas o Governo prioriza Orçamento Secreto e rachadinha, então obviamente assim não vai dar
ANTÔNIO
2022-02-18 12:12:49Não tem como precaver? Todos os anos os jornais noticiam esses deslizamentos e cheias de rios em todo o país. Governos federal, estaduais e municipais são conhecedores destes problemas, só não querem resolver.