Bolsonaro assina ato que oficializa aumento do piso salarial de professores
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, assinaram na manhã desta sexta-feira, 4, a Portaria que formaliza a implementação de um reajuste de 33,24% no piso salarial de professores da educação básica. Com o aumento, a remuneração inicial dos educadores passa de 2.886,24 reais para 3.845,34 reais em 2022. Durante a cerimônia,...
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, assinaram na manhã desta sexta-feira, 4, a Portaria que formaliza a implementação de um reajuste de 33,24% no piso salarial de professores da educação básica. Com o aumento, a remuneração inicial dos educadores passa de 2.886,24 reais para 3.845,34 reais em 2022.
Durante a cerimônia, Bolsonaro admitiu que houve negociações sobre uma redução no percentual do reajuste -- a ideia aventada era de estabelecer um aumento de somente 7,5%. O presidente, porém, declarou que o pedido partiu somente de prefeitos e governadores, omitindo que a sugestão era também do Ministério da Economia e da Casa Civil.
"Havia, sim, pedidos de muitos, mas muitos chefes de Executivos estaduais e municipais, querendo 7%. Eu conversei com o Milton: 'O dinheiro de quem é? Quem é que repassa esse dinheiro para eles?'. Somos nós, o governo federal. E a quem pertence a caneta BIC para assinar o reajuste? 'Presidente, sou eu (Milton), em portaria. E aí, 7% ou 33%?", disse.
Bolsonaro, então, declarou que se colocou "do outro lado do balcão" e pensou "como professor". "É justo ou não é justo? Se a gente concedesse 7%, a diferença, de 26%, ficaria para quem? Qual a melhor maneira de usar esse recurso? É com professor ou com respectivo prefeito ou governador? Não precisou mais do que poucos segundos para decidirmos", emendou.
O aumento de 33,24% atende a Lei do Piso, que vincula o reajuste dos ganhos mínimos dos professores à variação do valor por aluno anual do Fundeb, principal mecanismo de financiamento da educação básica do país. De acordo com o presidente, mais de 1,7 milhão de educadores serão beneficiados.
Embora o ato do reajuste seja assinado pelo MEC, são governadores e prefeitos que arcam com os salários de professores da educação básica. O aumento de 33,24% deve provocar um impacto de 30 bilhões de reais apenas nas finanças municipais, segundo a Confederação Nacional dos Municípios.
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Comentários (4)
Max
2022-02-04 18:27:02O objetivo do Jair é se “capitalizar politicamente” frente aos governadores e prefeitos com esse reajuste não previsto em planejamento econômico algum. Em ano de eleição, o Jair que só enxerga a reeleição e não beneficiar a educação (haja visto as desastrosas indicações e administrações no MEC) ou os professores, cuja esmagadora maioria não votará nele. A União complementa os recursos do Fundeb para municípios que não dão conta das despesas. O grosso sai dos recursos dos estados e prefeituras.
Claudio Roberto Moreira Da Rocha
2022-02-04 16:58:301* turno 22!!!
Maria Antonia
2022-02-04 16:56:48Continua usando o cargo para se vingar dos governadores. Os professores não precisam de aumento salarial, precisam isso sim, de ensinar. Hoje os alunos saem das escolas sem alfabetização.
Jose
2022-02-04 13:36:14Bozismo mostra tudo. De quem é o dinheiro? De quem executa? Quem executa? os municípios e os estados. Qual a função do governo federal? arrecadar e transferir o dinheiro. Só isso! Os executores estão dizendo que o dinheiro disponível não é suficiente para pagar a conta. Os Bozistas dizem o contrário. Crusoé, quem tem razão. Precisamos dos números!