'Dei ordem de atirar para matar', diz presidente do Cazaquistão
O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev (foto), afirmou nesta sexta, 7, na televisão, que orientou as forças policiais a atirar contra os manifestantes. "Dei ordem de atirar para matar sem aviso prévio", afirmou o presidente cazaque. Veículos locais falam em 26 óbitos de civis confirmados até agora. Doze membros das forças de segurança também morreram....
O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev (foto), afirmou nesta sexta, 7, na televisão, que orientou as forças policiais a atirar contra os manifestantes.
"Dei ordem de atirar para matar sem aviso prévio", afirmou o presidente cazaque. Veículos locais falam em 26 óbitos de civis confirmados até agora. Doze membros das forças de segurança também morreram. "Começou a operação antiterrorista. As forças de segurança estão trabalhando duro. Basicamente, a ordem constitucional foi restabelecida em todas as regiões do país, mas os terroristas continuam usando armas e destruindo a propriedade privada. Por isso, as ações antiterroristas devem continuar até a completa destruição dos militantes", disse Tokayev.
Tokayev também agradeceu o presidente russo Vladimir Putin, que enviou 2,5 mil soldados para reprimir os manifestantes. Quirguistão e Tajiquistão, que integram uma aliança militar com o Cazaquistão, a Organização do Tratado de Segurança Coletiva, OTSC, também enviarão militares. "Nós estamos lidando com bandidos armados e bem treinados, nacionais e estrangeiros. Bandidos e terroristas, que devem ser destruídos. Isso vai acontecer no tempo mais breve possível", afirmou o presidente.
Os protestos contra o governo começaram no dia 2 de janeiro, após um aumento no preço do gás liquefeito, que move a maior parte dos veículos do país.
Reação da ONU
Nesta quinta, 6, a alta comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, deu uma declaração contra o uso de força letal no Cazaquistão.
“O direito internacional é claro: as pessoas têm direito ao protesto pacífico e à liberdade de expressão. Ao mesmo tempo, os manifestantes, por mais raivosos ou magoados que estejam, não devem recorrer à violência contra os outros”, disse Bachelet.
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Comentários (1)
MARCIO
2022-01-07 12:19:15ONU: "Não faça isso", Reação dos demais: "Uau, que medo" ksksksksks ninguém tá nem aí com o povo