Centrão prevê 'apoio' de 1/3 da bancada evangélica para aprovar jogos de azar
Deputados do Centrão que estão à frente da articulação política para liberar os jogos de azar no Brasil contam com o "apoio" de um terço da bancada evangélica para aprovar o projeto de lei da jogatina na Câmara no início do ano que vem, na volta do recesso. O grupo liderado pelo presidente da casa,...
Deputados do Centrão que estão à frente da articulação política para liberar os jogos de azar no Brasil contam com o "apoio" de um terço da bancada evangélica para aprovar o projeto de lei da jogatina na Câmara no início do ano que vem, na volta do recesso.
O grupo liderado pelo presidente da casa, Arthur Lira, diz já ter convencido cerca de 60 parlamentares ligados às igrejas, que são historicamente contra a legalização dos jogos, a votarem a favor da proposta, a não obstruírem ou não aparecerem no dia da votação em plenário, prevista para fevereiro.
Em troca do apoio evangélico, seja pelo voto, seja pela abstenção, o Centrão aprovou na noite de quinta-feira, 16, um projeto que isenta de IPTU templos religiosos em imóveis alugados pelas igrejas. Antes disso, Lira garantiu a aprovação do requerimento de urgência para a proposta dos jogos de azar, o que permite a votação em plenário sem precisar passar pelas comissões.
O texto que será levado à votação em fevereiro é um substitutivo feito pelo deputado Felipe Carreras, do PSB de Pernambuco, a um projeto que tramita na Câmara desde 1991. A proposta prevê a liberação de praticamente todas as modalidades de apostas, incluindo jogo do bicho, casas de bingo, máquinas caça-níquel e cassinos em resorts de luxo.
"O jogo é uma atividade secular e está no dia a dia dos brasileiros, só não vê quem não quer. Está nas ruas e na internet, gerando receita para empresas estrangeiras. É preciso regulamentar essa atividade, para gerar empregos e arrecadar impostos que terão destinação carimbada para diferentes áreas e para fomentar o turismo no Brasil", disse Carreras.
Na noite de quinta-feira, alguns parlamentares evangélicos, como Otoni de Paula, do PSC do Rio de Janeiro, atacaram a proposta, dizendo que a legalização vai "destruir famílias" e "viciar os pobres". "Quem votar a favor dos cassinos será sócio do crime organizado e da lavagem de dinheiro porque o estado brasileiro não terá como fiscalizá-los", afirmou o parlamentar.
Apesar do discurso, nos bastidores da Câmara, até parlamentares evangélicos já dão como certa a aprovação da legalização dos jogos de azar na volta do recesso sem grandes dificuldades.
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Comentários (3)
Claudio Romulo Mussi Bersot
2021-12-17 12:00:48hehehehe... Cristo vai jogar poquer e 21!
Sônia Adonis Fioravanti
2021-12-17 10:32:13EM CONTRAPARTIDA TIRAM OS VALORES DEVIDOS DE IPTU dos templos alugados 🤮🤮.CENTRÃO COR RUPTO
Vigiando
2021-12-17 08:33:46Vigaristas interessados em abrir lavanderias de dinheiro e falsos profetas querendo tirar vantagens, e nós os pagadores de impostos dando milho aos pombos.