Apesar dos pedidos da CPI, CGU ainda não apurou falta de transparência de reuniões na pandemia
Comandada por Wagner Rosário (foto), a Controladoria-Geral da União parece não se importar com a apuração sobre a falta de transparência do governo federal em reuniões conduzidas durante a pandemia. Em 5 de novembro, a CPI da Covid enviou à CGU dez exemplos de reuniões na Saúde e na Casa Civil em que não houve...
Comandada por Wagner Rosário (foto), a Controladoria-Geral da União parece não se importar com a apuração sobre a falta de transparência do governo federal em reuniões conduzidas durante a pandemia.
Em 5 de novembro, a CPI da Covid enviou à CGU dez exemplos de reuniões na Saúde e na Casa Civil em que não houve sequer produção de ata ou lista de presença. Devido à falta dos documentos, a comissão não conseguiu identificar o tema dos encontros, tampouco seus participantes.
Na última semana, ou seja, pouco mais de um mês depois, a CGU apenas informou ao Senado que a ainda está “realizando exame de admissibilidade dos fatos” para a eventual responsabilização dos envolvidos.
Os responsáveis pelos encontros infringiram decreto federal que estabelece a obrigatoriedade de o governo manter o registro dos assuntos tratados e dos presentes em todas as reuniões oficiais, ainda que realizadas fora do local de trabalho.
Duas das reuniões citadas pela CPI aconteceram entre o secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, e o dono da Precisa, Francisco Maximiano. O empresário teve o indiciamento proposto pela CPI por falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa em razão do escândalo Covaxin.
Em outro encontro mencionado pela CPI, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, receberam o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, indiciado por incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade. “Apesar de formalmente a reunião ser com o deputado federal, este levou diversos particulares, como o Sr. Emanuel Catori, da Belcher Farmacêutica”, alertou a CPI à CGU.
A Belcher atuou como intermediária do laboratório chinês CanSino na negociação com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 60 milhões de doses da vacina Convidencia ao custo de 5 bilhões de reais.
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Comentários (5)
Carlos
2021-12-14 10:09:09A cpi da vergonha só serviu para palanques eleitorais dos seus integrantes. Bolsonaro 2022 para o Brasil continuar saindo do atoleiro que o PT deixou.
William
2021-12-13 18:40:09Apurar o que? CPI da vergonha, não acharam nada só gastaram dinheiro. Só Oantagonista e Crusoé acreditam nessa CPI, esqueci do FOLHETIM MORO.😆😁😃😂😅🐁🐁🐁🐁🐁
Maria
2021-12-13 11:20:17Não se importam com a vida dos cidadãos, com a ciência e por isso não há transparência.
PAULO
2021-12-13 11:16:11Para qualquer lado que se olha neste governo, é só escuridão. É um governo q age nas trevas. Bolsonaro buscou o altogolpe com os seus cupinchas, pois assim não teria que dar satisfação de nada. Não conseguiu o autogolpe, mas o aparelhamento das instituições de estado está tão avançado, q ele continua não dando satisfação de nada para a sociedade. E quem ousa perguntar, seja repórter ou qualquer cidadão, é agredido e ameaçado por essa estrutura golpista que foi montada. Moro Presidente 🇧🇷
ANTONIO
2021-12-13 10:09:29O segredo é a alma da negociata!