Pré-candidatos ao governo do DF viram protagonistas em oitiva de ex-secretário
A cúpula da CPI da Covid abriu espaço para o protagonismo dos três senadores eleitos pelo Distrito Federal durante o depoimento de Francisco Araújo Filho, ex-secretário da Secretaria de Saúde da capital. Potenciais candidatos ao governo brasiliense, todos ganharam assentos de destaque e aproveitaram a brecha para encaixar discursos políticos entre os questionamentos ao depoente....
A cúpula da CPI da Covid abriu espaço para o protagonismo dos três senadores eleitos pelo Distrito Federal durante o depoimento de Francisco Araújo Filho, ex-secretário da Secretaria de Saúde da capital.
Potenciais candidatos ao governo brasiliense, todos ganharam assentos de destaque e aproveitaram a brecha para encaixar discursos políticos entre os questionamentos ao depoente.
Logo ao início da oitiva, o presidente da CPI, Omar Aziz, deixou a cadeira para dar lugar a Leila Barros. A ex-jogadora de vôlei foi a mais votada na corrida pelo Senado em 2018, vencendo a disputa com 17,76% dos votos válidos.
Recentemente, a parlamentar mudou de partido em um movimento tático. Sabendo que o PSB deve se aliar ao PT na disputa nacional e que, assim, candidaturas estaduais poderiam ser sacrificadas em 2022, Leila migrou para o Cidadania a fim de resguardar o plano de concorrer ao Palácio do Buriti.
Ao lado dela, à mesa, está Izalci Lucas (foto). O tucano articulou para concorrer ao governo do DF já em 2018, mas, sem o apoio do próprio partido, se candidatou ao Senado, conquistando a segunda colocação. Em 2022, Izalci não planeja ceder novamente e dá como certa sua participação na disputa pelo Buriti.
O senador assumiu a posição de relator na CPI nesta quinta-feira, no lugar de Renan Calheiros, que deixou a sessão cerca de 40 minutos após o início da oitiva para viajar de volta a Alagoas. Ao microfone, na largada, Izalci fez duras críticas a Francisco Araújo, em tom político.
"A primeira pergunta que tenho a fazer ao senhor Francisco Araújo: o senhor dorme bem?", indagou. "Coloca sua cabeça no travesseiro tranquilo, mesmo sabendo que milhares de pessoas tiveram suas vidas afetadas por essa Covid, e com várias irregularidades na Secretaria?", emendou.
A postura provocou reclamações do advogado, que ameaçou orientar o ex-secretário de Saúde a ficar calado no restante da oitiva, amparado por um habeas corpus concedido pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal. "Se a comissão começar a tratá-lo com ironia e deboche, ele vai permanecer em silêncio, porque não é possível que o depoimento seja conduzido dessa maneira", disparou.
Completa o trio o senador Reguffe, que, apesar de não fazer parte dos titulares ou suplentes da CPI, foi o primeiro inscrito a fazer perguntas.
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