Ex-secretário do DF nega relação com a Precisa e diz não ter 'digitais' em irregularidades
Ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo Filho negou à CPI da Covid nesta quinta-feira, 2, ter qualquer relação com a Precisa Medicamentos, embora seja réu pela suposta participação em um esquema de superfaturamento de testes para a detecção da Covid-19 vendidos ao governo brasiliense pela empresa. O caso é investigado no âmbito da...
Ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo Filho negou à CPI da Covid nesta quinta-feira, 2, ter qualquer relação com a Precisa Medicamentos, embora seja réu pela suposta participação em um esquema de superfaturamento de testes para a detecção da Covid-19 vendidos ao governo brasiliense pela empresa.
O caso é investigado no âmbito da Operação Falso Negativo, que levou à prisão de Francisco Araújo por três meses. Solto desde novembro de 2020, ele hoje é monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido de ultrapassar o raio de 300 metros de casa e da sede do Tribunal de Justiça do DF, além de deixar a capital sem autorização judicial.
À comissão, Francisco declarou que não conhece o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. "Eles participaram de um certame na Secretaria de Saúde, como todos os outros, que são publicados no Diário Oficial, disponibilizados no site da Secretaria e eles participaram do processo, como todos os outros. Eu não tive nenhum tipo de relação nem contato com pessoas, donos ou empresários da Precisa", disse.
Confrontado com os indícios de irregularidades na compra de testes da Precisa, o ex-secretário alegou não ter digitais em qualquer esquema ilícito. "Eu tenho minha consciência tranquila e em paz, porque não tem e nem terá minha digital em nenhum só lugar de relação com a empresa Precisa", sustentou.
Um relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal mostrou, por exemplo, que, apesar de uma empresa ter proposto à Secretaria de Saúde o fornecimento de testes a 73 reais, cada, a pasta selecionou a Precisa Medicamentos, que ofereceu o mesmo tipo de exames a 139,90 reais, cada. Com o negócio, o GDF teve prejuízo de 10 milhões de reais.
A auditoria ainda apontou outros problemas, a exemplo do aumento sucessivo do número de testes a ser fornecido e da reabertura da licitação após o fim do prazo, em benefício da Precisa Medicamentos, mesmo com propostas que atendiam à demanda, apresentadas por outras empresas.
"Até uma folha de papel, como essa que é bem fina, tem dois lados. Se pegar o processo que a Precisa Medicamentos participou, de capa a capa, de A a Z, os senhores vão perceber que, na participação dela, existia um processo aberto para a compra de 50 mil testes. Eu à época, como secretário de Saúde, mandei cancelá-lo e abrir um para a compra de 300 mil testes, onde participaram sete empresas, inclusive a Precisa", justificou.
A Precisa Medicamentos é a empresa que está no centro do escândalo Covaxin. De propriedade de Francisco Maximiano, a companhia atuou como intermediária do laboratório indiano Bharat Biotech na negociação de 20 milhões de doses da vacina com o Ministério da Saúde.
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Comentários (1)
MARCOS
2021-09-02 15:47:08LADRÃO BOM NEGA TUDO.