Brasil vai 'começar a renunciar' a status especial na OMC
Um comunicado conjunto divulgado nesta terça-feira, 19, pelo governo americano, depois do encontro do presidente Jair Bolsonaro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), deu mais detalhes sobre a redução de barreiras para o comércio e investimento entre os dois países. O documento confirma o apoio dos Estados Unidos à entrada do Brasil...
Um comunicado conjunto divulgado nesta terça-feira, 19, pelo governo americano, depois do encontro do presidente Jair Bolsonaro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), deu mais detalhes sobre a redução de barreiras para o comércio e investimento entre os dois países.
O documento confirma o apoio dos Estados Unidos à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE. Mas em troca, Bolsonaro vai "começar a renunciar" ao direito a tratamento especial buscado pelo país na Organização Mundial do Comércio, informou o texto distribuído pela Casa Branca.
Segundo o comunicado do governo americano, está prevista a importação de 750 mil toneladas de trigo americano a uma tarifa zero de impostos pelo Brasil. Além disso, os Estados Unidos enviariam uma missão técnica de avaliação das condições sanitárias da carne bovina brasileira para exportação. Também ficou acordada a criação de um fundo de 100 milhões de dólares para a Amazônia.
O governo Trump afirmou no documento que irá tomar os passos necessários para que o Brasil entre no programa de "viajante confiável", que facilita a inspeção de estrangeiros pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA quando estiverem entrando no país.
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Comentários (10)
JOSHUA
2019-03-20 12:55:47Para Bolsonaro pensar no travesseiro (e todos nós). A "guerra" mundial atual não é ideológica (nem militar), é econômico-tecnológica. Se fosse por ideologia os USA não estariam vendendo muito para a China e para os Árabes (não democráticos). O mundo é uma imensa FEIRA, onde todos querem vender para todos, numa competição pesadíssima. Colocar parâmetros ideológicos no comércio externo é vender para poucos e sem garantia de reciprocidade. O Brasil necessita de um PIB de 4% ao ano. Esse é o FOCO.
Cirval
2019-03-20 12:15:40Quem achava que elogiando o Trump o Bolsonaro conseguiria tudo de graça estava redondamente enganado. Na hora H Trump sempre exige uma contrapartida que beneficie os EUA. Alguém acha que o Kim Jong Un desistiu do acordo com os EUA por acaso? Preferiu ficar encostado na China, a qual achou mais confiável. É importante que o Brasil seja membro da OCDE, mas deveria estar raciocinando o por quê da China e da Rússia permanecerem no rol dos países em desenvolvimento. É necessária minuciosa análise.
Ivo
2019-03-20 12:05:22Brasil e USA acertam o projeto Caracu! Os Estados Unidos entram com a cara...
JOSHUA
2019-03-20 11:33:01Exemplo: A Alemanha é a 4a economia mundial.Todo ano faz superavit comercial de 200/250 bilhões de euros (o que deixa o Trump puto da vida..rrrsss..). É um país unido, comercial-industrial de alta tecnologia. Seus grandes clientes: USA, China, Europa, e outros mais. Não tem uma gota de petróleo (seu calcanhar-de-aquiles histórico). Faz parte da OTAN, da OCDE, do Ocidente. Pensa primeiro em si e comanda a U.E. São hábeis negociantes desde a Liga Hanseática (1241) e antes com os Vikings. Lição...
Silvio.J.Andrade
2019-03-20 10:43:20Gostei do resumo, mas o conjunto de itens carece de análise para que possamos avaliar seu efeito para as partes.
ÉLIDE
2019-03-20 10:38:56Enfim....se ajoelhar, vai ter que rezar. Mesmo que seja "ateu".
JOSHUA
2019-03-20 10:13:38Dica para as nações fogosas emergentes e solteiras: Pensem bem. Uma opção é casar com um único noivo rico e poderoso, com separação total de bens e desigualmente. Outra opção é continuar solteira e bela e namorar todo mundo, mantendo sua independência e ficando rica com os presentes e as oportunidades que surgirem. Ideologias à parte, because business is business...and money makes the world go round...
JOSHUA
2019-03-20 09:58:44CONTINUAÇÃO... Notícia recente: a China recusou homologar frigoríficos brasileiros como fornecedores de carnes para aquele país. Uma possível retaliação. Entramos na guerra comercial, pergunto. Lição: devemos tratar bem todos os clientes.
MINEIRO DA GEMA
2019-03-20 09:58:25Os esquerdistas e petistas que sempre quiseram emperrar o pais atrelando-o à Venezuela, Cuba, Rússia etc estão soltando fogo pelas ventas com o que o Bolsonaro conseguiu aos menos de 60 dias de governo. A OCDE está bem mais próxima de Bolsonaro do que dos esquerdistas que desgovernaram o país desde FHC, inclusive.
JOSHUA
2019-03-20 09:11:37Trocar o existente e certo por uma promessa requer primeiro garantir a passagem e, depois, desmobilizar paulatinamente a opção antiga. Nada de precipitações. Ainda é muito cedo para começar a ceder o terreno. Canja de galinha e prudência não fazem mal a ninguém, pelo contrário.