Senadores suplentes da CPI da Covid de olho nos holofotes da comissão

Com o senador Tasso Jereissati no estaleiro em razão de uma infecção causada pelo vírus da dengue, coube a Izalci Lucas, líder do PSDB no Senado, assumir a titularidade do partido na CPI da Covid. O parlamentar, que é pré-candidato ao governo do Distrito Federal, tem aproveitado os holofotes da comissão parlamentar de inquérito para apontar suspeitas de corrupção na gestão de Ibaneis Rocha, que deve ser seu adversário em 2022.

“Vou continuar participando da mesma forma que tenho participado como líder. Para apurar o que está errado, independente de partidos e pessoas”, garantiu Izalci. “Quero apurar tudo, inclusive questões ligadas ao governo do Distrito Federal. Nunca se desviou tanto recurso na saúde quanto agora neste governo”, acusou o tucano.

Izalci já tinha espaço para perguntas na comissão parlamentar de inquérito porque é líder do PSDB. Ele também já havia apresentado requerimentos para a convocação de pessoas acusadas de envolvimento em irregularidades no governo Ibaneis Rocha, como fraudes em testes de Covid-19. Investigada pela CPI em virtude das tratativas da Covaxin, a empresa Precisa Medicamentos também é apontada como participante de um esquema para a entrega de testes na capital do país.

Já o senador Otto Alencar, do PSD, anunciou na sexta-feira, 9, que foi infectado pela Covid-19. Como já havia sido vacinado com duas doses, o parlamentar tem apenas sintomas leves, segundo sua assessoria. Se não comparecer às sessões, Otto será substituído pelo suplente do partido, Ângelo Coronel, considerado mais próximo do presidente Jair Bolsonaro do que Alencar, um dos mais críticos senadores da CPI. A expectativa é de que Otto Alencar mantenha suas funções na comissão parlamentar de inquérito e participe das próximas oitivas de forma virtual.