CPI pede que Coaf elabore relatórios sobre alvos de quebras de sigilo
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (foto), pediu ao Banco Central a elaboração de relatórios de inteligência financeira pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, sobre as 30 pessoas físicas e jurídicas que tiveram os sigilos bancários quebrados pela comissão. O ofício foi enviado na segunda-feira, 28, ao presidente da instituição, Roberto Campos...
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (foto), pediu ao Banco Central a elaboração de relatórios de inteligência financeira pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, sobre as 30 pessoas físicas e jurídicas que tiveram os sigilos bancários quebrados pela comissão.
O ofício foi enviado na segunda-feira, 28, ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto. O prazo para a entrega dos documentos é de cinco dias. Para produzir os relatórios, técnicos cruzarão dados de movimentações financeiras a fim de verificar se existem transações atípicas. Assim, são identificados, por exemplo, casos de lavagem de dinheiro.
A lista da CPI inclui agências de publicidade que prestam serviços ao governo Jair Bolsonaro, como a Calia Y2 Propaganda. A empresa pertence a Gustavo Mouco, irmão de Elsinho Mouco, que foi marqueteiro de Michel Temer, e, mais recentemente, de Celso Russomanno, apoiado pelo presidente e derrotado nas eleições municipais de 2020.
Além disso, figuram no documento a Precisa Medicamentos e o sócio-administrador da empresa, Francisco Emerson Maximiano, responsáveis pelo contrato firmado com o Ministério da Saúde para a venda de 20 milhões de doses da Covaxin, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. O acerto está na mira da CPI depois de denúncias de indícios de corrupção feitas pelos irmãos Miranda.
Estão na relação, ainda, as principais fabricantes de cloroquina e ivermectina do país, bem como os respectivos sócios-administradores. Nesta frente, a CPI averigua a possibilidade de um "jogo combinado" entre empresários e o Planalto em nome da difusão do "tratamento precoce", que prevê o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19.
Entre os alvos, está também o bilionário Carlos Wizard, suspeito de integrar e financiar o "gabinete paralelo", que agiu no aconselhamento de Bolsonaro às margens das orientações do Ministério da Saúde, além de Organizações Sociais que atuam em hospitais do Rio de Janeiro.
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Comentários (4)
PAULO
2021-06-29 10:49:34Estes relatórios do COAF poderão dar uma dimensão, das NEGOCIATAS QUE OCORRERAM no âmbito do governo federal, durante o enfrentamento da pandemia. Será que Carlos Wizard usou uma fração dos seus bilhões, para criar uma rede de desinformação, visando promover medicamentos ineficazes, que em última análise, matou milhares de brasileiros? O bilionário Wizard, pelo jeito não usou esses medicamentos ineficazes. Correu para USA, onde pôde escolher com qual vacinar se vacinar.
Francisco
2021-06-29 08:55:35Siga o dinheiro e siga os filhos!
Dalton
2021-06-29 08:47:43Nossa, é um quebra cabeça gigante, me parece que quem chega no Planalto recebe uma cartilha intitulada “como se corromper e dicas de lavagem de dinheiro” diga os passos ao final tudo dará certo.
KEDMA
2021-06-29 07:48:47A lista para o cruzamento de dados é grande!