Primeiro-ministro espanhol arrisca futuro político ao perdoar separatistas catalães
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez (foto), decidiu indultar nove separatistas da Catalunha que estavam presos por realizar um referendo ilegal em 2017 e declarar a independência da região. Ao tomar a medida, Sánchez alegou que "a democracia espanhola está forte o bastante para resolver seus problemas". O perdão de Sánchez não foi bem recebido pela...
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez (foto), decidiu indultar nove separatistas da Catalunha que estavam presos por realizar um referendo ilegal em 2017 e declarar a independência da região. Ao tomar a medida, Sánchez alegou que "a democracia espanhola está forte o bastante para resolver seus problemas".
O perdão de Sánchez não foi bem recebido pela população. Por dois motivos. O primeiro é que muitos dos que ganharam a liberdade prometeram repetir os mesmos crimes. "Não existe ideal ou compromisso mais nobre que a liberdade deste país. Viva a Catalunha livre!", disse Oriol Junqueras, que tinha sido condenado a 13 anos de prisão.
O segundo motivo é que, para a maior parte da população espanhola, o governo central, desde o mandato anterior, tem sido conivente demais com os catalães independentistas.
Cerca de 80% dos espanhóis são contra a concessão de indultos. Se uma nova eleição fosse realizada agora, o Partido Popular, PP, ganharia 136 das 350 cadeiras do Parlamento, vinte a mais do que levaram em abril. O Partido Socialista, de Sánchez, ficaria com 101. No Senado, o Partido Popular também alcançaria a maioria. Para Pablo Casado, líder do PP, Sánchez "está eleitoralmente morto".
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Comentários (5)
Maria Julia
2021-06-29 16:16:10Ao fim e ao cabo, "é a economia, estúpido", como diz a célebre frase. A Catalunha, região cultural e economicamente desenvolvida, não quer "carregar" a Espanha nas costas. Vemos isso em diversas regiões, no mundo. Subjacente ao discurso "avançado" e ao direito da autodeterminação está o real e pouco nobre "não quero carregar os pobres comigo". Fico triste. Não gostaria de voltar à minha terra e ser vista como estrangeira em Barcelona...
Luciano
2021-06-28 14:40:57O Primeiro ministro espanhol acredita que os partidos independentistas variam eternamente maioria com governo espanhol com o Psoe. Traiu todos os espanhóis e não será reconhecido por nenhum parceiro europeu. Na Espanha a várias situações raras, quem diria que seria o partido socialista que permitiria a formação de uma independência em território hispânico.
Jaime
2021-06-28 13:36:04Esse povo da Catalunha fala um idioma que em nada lembra o espanhol. Mas é um rica região espanhola, respondendo por mais de 8% do PIB. Boa comparação é com o RGS, q anda doidinho pra se separar do Brasil. Por lá, também dizem q carregam o país nas costas. Não fosse a Lei criada por Getúlio Vargas para conter a sanha de seus patrícios, hoje dificilmente haveriam cidades no Sul com nome em Português...
Leonardo
2021-06-28 10:04:04No mundo especializado atual, Duda segue o caminho oposto. Não hesita em escrever sobre China, EUA, Argentina, Europa, e agora sobre o futuro político do espanhol Sánchez. O cara é uma máquina!
Jose
2021-06-28 00:05:06O único problema da Catalunha livre é que não teríamos mais o clássico Real x Barcelona. O resto é tudo cosmético, pois a Catalunha já é autônoma!