Dom Orani diz que não cometeu nenhum ato ilegal
O arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Dom Orani João Tempesta (foto), enviou aos padres da sua arquidiocese uma carta em que nega ter cometido qualquer irregularidade, rechaçando acusações feitas pelo ex-governador Sérgio Cabral Filho em depoimento ao Ministério Público Federal na semana passada. No depoimento, Cabral afirmou não possuir provas, mas ter convicção de...
O arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Dom Orani João Tempesta (foto), enviou aos padres da sua arquidiocese uma carta em que nega ter cometido qualquer irregularidade, rechaçando acusações feitas pelo ex-governador Sérgio Cabral Filho em depoimento ao Ministério Público Federal na semana passada.
No depoimento, Cabral afirmou não possuir provas, mas ter convicção de que Dom Orani "tinha interesse" nos contratos do governo do estado com a Pró-Saúde, organização social católica que assumiu a gestão de hospitais fluminenses.
Na correspondência, o arcebispo também rejeita ter sido próximo do ex-padre Wagner Portugal, que delatou um desvio de 50 milhões de reais de verbas do governo do Rio em contratos com a Pró-Saúde.
Como mostra a edição semanal de Crusoé desta sexta-feira, 1º, Portugal também trabalhou como um elo entre a cúpula da igreja, empreiteiras investigadas na Lava Jato e políticos. Aos procuradores da Lava Jato no Rio, o ex-padre contou que costumava comprar presentes para Dom Orani e pagar despesas dos sacerdotes que auxiliavam o arcebispo.
Na carta, o cardeal afirma que "ao contrário do que insinuou o ex-governador em audiência à justiça, não houve nenhum tipo de conduta ilícita" de sua parte. Ele lembra que nunca exerceu cargo na administração da Pró-Saúde ou influenciou na sua administração. "Jamais utilizei minha posição de cardeal e arcebispo para solicitar benefícios para quaisquer instituições."
Em relação ao ex-padre Wagner Portugal, o arcebispo afirma que "o fato de alguém utilizar meu nome não significa que tenha recebido a minha autorização", e a alegação de que ele era o seu braço direito "é falsa".
Dom Orani acrescenta que Portugal "jamais exerceu cargo algum na Arquidiocese do Rio de Janeiro e não pertence ao clero desta arquidiocese". O arcebispo defendeu a investigação das denúncias pelas autoridades, e pediu aos padres que receberam a correspondência para divulgar suas explicações, quando houver oportunidade ou forem perguntados sobre o caso.
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Comentários (10)
Carlos
2019-03-05 20:52:56Quanta bobagem.
FRANCISCO
2019-03-05 14:14:14Nenhum ato "ILEGAL" mas muitos atos "IMORAIS". Pobre Cristianismo!
Sérgio A
2019-03-04 10:50:56Cardeal arcebispo! Se o Papa morasse no Rio, já seria alvo da Lava Jato. Pobre Rio. Onde ficou a Cidade Maravilhosa? Nem a secular Igreja passou incólume pela tentação do ouro. Nesse andor, não se salva ninguém, nenhuma instituição. Talvez o Cristo Redentor... Mas só talvez.
Jose
2019-03-03 19:50:33Deus cansou do Rio. Rio é a próxima Sodoma. Vocês já perceberam que é uma tragedia atrás da outra? Se eu fosse carioca, mudaria para de cidade o mais rápido possível, pois outras tragédias virão.
Marc
2019-03-03 15:04:46Wagner é um mentiroso compulsivo,q danadinho.Papai do céu vai castigar o Wagner e vai mandá-lo para o inferno.
Caio
2019-03-03 11:25:49Só não pode ir pra mesma cela ... se não vai pegar no piu-piu do Cabral
Homero
2019-03-03 07:40:26Querem um exemplo dos horrores católicos? O celibato. Proibir seus membros de se casarem e se realizarem como esposos e pais deu nesses escândalos de pedofilia. Efeitos de causas. Tudo é assim.
Jose
2019-03-03 00:19:46Ele deve estar morrendo de saudade de Belém. Lá não tinha com que se locupletar.
Heraldo
2019-03-02 20:05:25vou andar com um chapéu desse
Osvaldo
2019-03-02 17:21:27Máxima não sei porque do espanto. A igreja católica sempre protagonizou prática que beiram a corrupção, como por exemplo a comercialização de indulgências e o espúria venda de perdão com terreninho no céu. A igreja católica sempre construiu seu império e o seu poderio econômicos pelas práticas que passam pela corrupção. Os exemplos são explícitos só não enxerga o cego Bartimeu.