O Dia 'D' de Pazuello na CPI da Covid
Após quatro décadas de atuação no Exército, o general de divisão Eduardo Pazuello terá nesta quarta-feira, 18, aquela que deve ser a mais árdua missão de sua trajetória profissional. O militar da ativa prestará depoimento à CPI da Covid e terá que dar explicações sobre a sucessão de erros e omissões do Ministério da Saúde...
Após quatro décadas de atuação no Exército, o general de divisão Eduardo Pazuello terá nesta quarta-feira, 18, aquela que deve ser a mais árdua missão de sua trajetória profissional. O militar da ativa prestará depoimento à CPI da Covid e terá que dar explicações sobre a sucessão de erros e omissões do Ministério da Saúde no combate à pandemia. Pazuello ficou à frente da pasta por 10 meses e, nesse período, protagonizou trapalhadas como as tratativas frustradas para a compra de vacinas e a promoção de tratamentos ineficazes contra o coronavírus.
Mesmo com um habeas corpus concedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que o permite ficar em silêncio diante de alguns questionamentos, Pazuello se esforçará para não ficar acuado diante dos senadores. Nos últimos dias, o general planejou com a ajuda de seu advogado, Zoser Hardman, uma tarefa hercúlea, ainda mais para alguém com o perfil mercurial e claudicante de Pazuello: transmitir uma imagem de altivez perante as câmeras, mantendo o cuidado para não produzir provas contra si mesmo -- o militar é alvo de uma ação de improbidade pelas falhas na condução da crise do oxigênio no Amazonas.
O depoimento do ex-ministro da Saúde seria realizado há duas semanas, mas foi adiado depois que ele alegou ter tido contato com outros militares infectados pela Covid. A mudança de data da oitiva do general permitiu que ele tivesse mais tempo para se preparar e conseguir um habeas corpus, mas também complicou sua situação. Com o depoimento postergado, a CPI pôde ouvir antes outras testemunhas que fizeram declarações comprometedoras para Pazuello.
O gerente da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, por exemplo, citou as nove tratativas fracassadas de negociações para a venda de vacinas para o Brasil. Nesta terça-feira, 18, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo atribuiu a Pazuello a responsabilidade pela decisão de reduzir o volume de vacinas negociadas com a iniciativa Covax Facility.
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Comentários (3)
ZILDA
2021-05-19 09:27:16Incompetente!!
Heguerbet
2021-05-19 09:05:28Lembrei de faroeste caboclo...'e não protejo general de 5 estrelas que fica atrás da mesa com o cu na mão'... ou de fralda cheia. O STF protege.
Jose
2021-05-19 08:12:04Passou quatro décadas no exército e bao fez nada. Quando foi chamado para fazer alguma coisa útil, decepcionou, pois se mostrou corrupto e incompetente. Esta é a sina de qualquer bozista!