Após detenções em protestos, MP diz que é contra a prisão de ‘manifestantes pacíficos’
Após a prisão de um grupo por associar o presidente Jair Bolsonaro à suástica nazista e chamá-lo de genocida, o Ministério Público do Distrito Federal fez uma recomendação contra a detenção em flagrante de "manifestantes pacíficos" com base na Lei de Segurança Nacional. A recomendação, assinada pelo promotor de Justiça Flávio Augusto Milhomem, diz ainda...
Após a prisão de um grupo por associar o presidente Jair Bolsonaro à suástica nazista e chamá-lo de genocida, o Ministério Público do Distrito Federal fez uma recomendação contra a detenção em flagrante de "manifestantes pacíficos" com base na Lei de Segurança Nacional. A recomendação, assinada pelo promotor de Justiça Flávio Augusto Milhomem, diz ainda que a competência para investigar crimes que violem essa legislação é da Polícia Federal, e não da Polícia Militar, que prendeu os grupo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Na recomendação, Milhomem ressaltou que "a liberdade de expressão, independentemente de censura ou licença, é direito constitucional fundamental". "A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão restrição, observada a própria Constituição". Afirmou ainda que crimes contra a ordem social, como aqueles que embasaram a decisão da PM de prender os manifestantes, devem ser comunicados à Polícia Federal, e não investigados pela PM.
Os cinco manifestantes do PT e do PSOL foram presos pela PM nesta quinta, 18, após estenderem uma faixa com uma charge que chama Bolsonaro de "genocida". O desenho mostra Bolsonaro com um balde de tinta preta em mãos após realizar traços nas pontas de uma cruz vermelha, usualmente estampada em hospitais e ambulâncias. Com a pintura do presidente, o símbolo vira uma suástica nazista, adotada pelo regime de Adolf Hitler. Mais tarde, foram levados à Polícia Federal, que não viu crimes e liberou os manifestantes.
A charge exposta pelos manifestantes foi feita por Renato Aroeira. À época em que foi divulgada, no ano passado, levou o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, a determinar que a Polícia Federal abrisse um inquérito por suposta calúnia ao presidente.
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Comentários (6)
EDVALDO
2021-03-21 11:57:47Andre Mendonça = PUXA SACO
ANTONIO
2021-03-19 19:36:24milhomem deveria dizer ao Alexandre de Moraes, se tivesse coragem, claro.
Jaime
2021-03-19 17:35:44Alguém deveria dizer a este camarada chamado Milhomem que a CF/1988 adimte a liberdade de expressão mais VEDA o anonimato. Quer falar? Fale. Quer escrever? Escreva. Mais seja UM Homem (e não "MIlhomem") para assumir o que disse e/ou escreveu. Quem se sentir ofendido tem o direito legal de acionar na Justiça o responsável pela acusação. Esses vagabundos covardes acusaram o Presidente de genocida (e, portanto, quem o apoia) de co-genocida. Temos o direito de saber quem foi para processar.
GUSTAVO KWASNIEWSKI MARTINS
2021-03-19 12:35:35Vemos que o Brasil está perdido e à deriva quando uma suástica é considerada uma manifestação pacífica. Não estou nem entrando no critério de ser presidente ou não.
Jose
2021-03-19 12:19:42Está certo o MP. Os manifestantes não ameaçaram pessoas, não danificaram patrimônio público e nem usaram dinheiro público para comprar mansões. Portanto, são pacíficos. Por fim, o que eles escreveram na faixa é verdade, apoiada por milhares de evidências inequívocas desde fevereiro de 2020.
Palhaço Bozo
2021-03-19 12:16:37Bozo genocida sendo o bozo genocida.