Sputnik V abre novo capítulo na 'guerra da vacina' entre Bolsonaro e Doria
Causou revolta dentro do governo de João Doria (foto) em São Paulo a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, de afrouxar as exigências para agilizar a aprovação do uso emergencial da vacina russa Sputnik V no combate à Covid-19 no país. Para integrantes da gestão tucana, o fato de a Anvisa dispensar o...
Causou revolta dentro do governo de João Doria (foto) em São Paulo a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, de afrouxar as exigências para agilizar a aprovação do uso emergencial da vacina russa Sputnik V no combate à Covid-19 no país.
Para integrantes da gestão tucana, o fato de a Anvisa dispensar o laboratório russo Gamaleya e a farmacêutica União Química de realizarem testes com voluntários brasileiros é mais uma prova de que a agência decide de forma política, e não técnica, alinhada com os interesses do presidente Jair Bolsonaro.
O laboratório Gamaleya é o desenvolvedor da vacina e a brasileira União Química é a parceira que irá produzir o imunizante no Brasil.
A nova postura adotada pela Anvisa destoa, principalmente, do rigor técnico exigido do Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, e do laboratório chinês Sinovac, para aprovar o uso emergencial da Coronavac, que foi batizada por Bolsonaro como a "vacina do Doria".
A agência chegou a suspender os estudos do imunizante no ano passado, após um voluntário morrer (depois ficou demonstrado que ele cometeu suicídio), e exigiu informações complementares do Butantan para liberar a Coronavac no mês passado, junto com a vacina produzida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, que era a grande aposta do governo Bolsonaro, por meio da Fiocruz.
Para integrantes do governo Doria, a mudança repentina no protocolo da Anvisa, seguida do anúncio de compra de 10 milhões de doses do imunizante russo pelo Ministério da Saúde, evidencia que o governo Bolsonaro quer uma vacina para chamar de sua e fazer frente à Coronavac comprada da China pela gestão tucana. A Anvisa nega qualquer favorecimento.
"Não somos contra ter a Sputnik. Quanto mais vacina, melhor. Mas é injusto que para nós foi usado todo o rigor e, para eles, não", reclamou, sob reserva, um integrante do comitê de crise do governo Doria.
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Comentários (10)
MARIA IVA.
2021-02-09 12:02:05O Governador Dória tem toda razão. O Butantan e a Fiocruz foram discriminadas. A Anvisa age com 2 pesos e 2 medidas.
ROOSEVELT
2021-02-09 10:47:39Reclamação indevida.A de Oxford foi submetida as mesmas exigências e não reclama. Isso evidência posição política e não Técnica e científica. Saúde é só um detalhe. Da boca pra fora.
MARIA
2021-02-08 17:22:02Em 30 anos, não acharam dinheiro para informatizar o SUS. No século, XXI, notificação ainda feita manualmente. Problemas de saneamento básico que se arrastam. Problemas habitacionais. E dinheiro aos tufos nessa fé incondicional à CIÊNCIA INGÊNUA E SAGRADA das vacinas criada pela pandemia no mundo. Não existe Ciência da urgência. Ciência demanda método e, portanto, tempo. Comparar às vacinas do COVID 19 com vacinas monitoradas há séculos? ACREDITA-SE que não vai fazer mal. Questão de FÉ!!!
Luiz
2021-02-08 15:45:46o Dória não tem coragem de peitar o STF.
Catarina
2021-02-08 09:36:07em vez de politizar a vacina e ficarem de picuinha, Dória e Bolsonaro d veriam pensar mais no povo e suas necessidades!
Alexandre
2021-02-08 08:56:03Estavam acusando a anvisa de demora agora ela quer agilizar esses lixos ficam enchendo o saco vai tomar no cu
JOHN GALT
2021-02-07 21:39:531.1 - Bolsonaro é um gestor incompetente e com isso toma sempre decisões erradas. Bolsonaro desprezou a vacina da Pfizer por questões ideológicas e segundo ele, pela Pfizer não assumir os riscos. Doria e o Butantan tiveram que ter muita perseverança com a vacina hoje disponibilizada para os brasileiros. Eles entraram com o couro. Se comprometeram. Agora o líder do Bolsonaro quer uma liberação sumária para a Sputnik V. Veja o contrassenso. A vacina da Pfizer foi preterida.
Vimar
2021-02-07 19:06:21Verdade pura e cristalina. No entanto, isso é munição para ser usada contra Bolsonaro em 2022. ANVISA; Bolsonaro, Confucio Moura e Ricardo Barros armaram um circo: Confúcio dá um prazo de 5 dias para a Anvisa. Anvisa diz que é pouco. Ricardo Barros ameaça enquadrar a Anvisa: O MITO SALVADOR veta os cinco dias e parte para o abraço do abestado povão: Tudo armação.
Maria
2021-02-07 16:50:09Nunca vi Bolsonaro posar para fotos com frascos da vacina de Oxford ou Sputinik. Todas as fotos da Coronavac tem foto com Doria. Até nesta matéria foto da coronavac com Doria, óbvio interesse político eleitoreiro.
Andre
2021-02-07 16:44:40A vacina russa foi a primeira a ser anunciada Milhões já foram vacinados na Rússia, Argentina, México, Paraguai, aprovada em Belarus, Bolívia, Emirados Árabes e outros. O princípio ativo vem de fora e será preparado e dosificado aqui, tal qual faz o instituto Butantã e Fiocruz.Se por isso a vacina russa seria genérica as outras, do Butantã e Fiocruz ( coronavac e Oxford) também seriam genéricas. A mesma Anvisa fiscaliza produção de todas. Queremos vacina, que se danem os políticos.