Laboratório identifica dois casos da nova variante do coronavírus em São Paulo

O laboratório Dasa informou na tarde desta quinta-feira, 31, que foram detectados os dois primeiros casos da nova variante do coronavírus em pacientes de São Paulo. Trata-se, de acordo com o laboratório, da mesma cepa surgida no Reino Unido e que tem sido apontada como responsável pela aceleração da pandemia entre os britânicos.

A USP trabalha em parceria com o laboratório para estudar se os testes que identificam a Covid-19 são afetados pela nova cepa. Segundo a empresa, existe uma preocupação de que a variante mais contagiosa do coronavírus possa gerar testes falsos negativos, o que seria um risco para a saúde pública. O Instituto Adolfo Lutz e a Vigilância Sanitária do governo paulista já foram comunicados pelo laboratório sobre a identificação dos dois primeiros pacientes, encontrados em meio a 400 amostras de pessoas infectadas.

A cepa apresenta mutações na forma como o coronavírus se agrega às células humanas, tornando a doença 56% mais contagiosa. Por enquanto, especialistas dizem que não existem dados que apontem que a nova variante provoca formas mais graves da Covid-19. Segundo a OMS, mais de 50% dos novos casos que vêm sendo registrados no Reino Unido são provocados pela variante mais contagiosa.

Em entrevista à CNN Brasil, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, confirmou a descoberta das variantes nos dois pacientes, ambos vindos do Reino Unido, mas disse que testes de genoma ainda estão em curso, no Instituto Adolfo Lutz, para verificar se de fato se trata da versão mais contagiosa do vírus.