Na ONU, governo Bolsonaro defende buscas da Lava Jato contra advogados de Lula
O Ministério da Justiça e o Conselho Nacional de Justiça prestaram informações ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos para se defenderem de queixas dos advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, alvos de busca e apreensão na Operação E$quema S. O relator especial das Nações Unidas para a independência de juízes e advogados,...
O Ministério da Justiça e o Conselho Nacional de Justiça prestaram informações ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos para se defenderem de queixas dos advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, alvos de busca e apreensão na Operação E$quema S. O relator especial das Nações Unidas para a independência de juízes e advogados, Diego García-Sayán, foi quem pediu explicações sobre a execução dos mandados.
Conforme noticiou Crusoé, a Lava Jato do Rio de Janeiro já havia defendido a operação em um ofício encaminhado à ONU em novembro, mas a versão dos procuradores não foi inserida na carta entregue às Nações Unidas pela Delegação Permanente do Brasil em Genebra.
"Em relação à decisão que autorizou as buscas, não houve ordem da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro para que fosse entregue cópia à Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo, e o sigilo do processo até o momento de sua execução foi essencial para o seu sucesso", disse o Ministério da Justiça sobre as buscas nas residências dos advogados e no escritório Teixeira & Martins, no qual Roberto Teixeira e Cristiano Zanin são sócios.
"As buscas foram acompanhadas por advogado, pelo presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/SP, entre outros advogados que estavam no local, um total de cinco advogados acompanharam as buscas", diz o ministério, referindo-se à operação no endereço da banca.
"A cópia dos arquivos digitais foi possibilitada pelos próprios advogados do escritório, que indicaram qual era o computador utilizado pelos investigados e permitiram o acesso. Os arquivos foram copiados na presença e sob supervisão constante de todos os advogados", acrescentou a pasta. A resposta diz ainda: "Em relação às duas residências também é necessário enfatizar que se tratavam de ambientes evidentemente familiares e que não estavam sendo utilizados rotineiramente pelos alvos".
Já o Conselho Nacional de Justiça explicou à ONU que não tem competência para atuar diretamente no caso, mas é responsável por zelar pela conduta de magistrados e pela independência do Judiciário, analisando queixas específicas que, nesse caso, não foram recebidas. "Não há processo ajuizado ou pendente no âmbito do Conselho Nacional de Justiça que tenha o juiz federal Marcelo Bretas no polo passivo, e/ou tenha por objeto alegadas violações de direitos dos advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, na emissão de mandado de busca e apreensão pelo juiz federal Marcelo Bretas em 09 de setembro de 2020 no âmbito da operação Lava Jato, ou outros fatos narrados na carta de alegações da ONU”, afirmou o CNJ.
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Comentários (6)
SONIA
2020-12-31 22:52:20Muito bem! Não tem nemhum inocente na ONU. Principalmente depois do livro do Obama. Todo mundo conhece a organização criminosa defendida por esses advogados. Segue o barco
NESTOR
2020-12-31 22:26:11Bandidos com a carteira da OAB são mais perigosos do que bandidos comuns....geralmente têm ligações com os bandidos de toga...
José
2020-12-31 11:29:09São bandidos iguais
Antonio G
2020-12-31 10:37:26Teixeira e Zanin apelando para a Comissão da ONU alegando suposta falta de justiça no Brasil. Como podem? É muita ousadia. Eles não falam nada do qto ganharam com o Sistema S do Rio? A delação diz que foi muuuuito dinheiro.
Claiderocha
2020-12-31 10:21:13Bandidos defendidos por bandidos a preço bilhionario...enquanto isto nós brasileiros vamos morrendo aos milhares ..sem saneamento básico..sem vacina..sem emprego...
Jose
2020-12-31 09:27:11Corruptos versus corruptos. Quem ganhará esta batalha! Ninguém sabe. O que sabemos é que a população brasileira continuará perdendo. Como sempre!