Anvisa: Pfizer pode contornar parte das regras para pedir uso emergencial de vacina
Em busca de um acordo com a Pfizer, o alto escalão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, afirmou aos representantes da farmacêutica que, caso necessário, a empresa pode justificar o descumprimento de parte das regras para a solicitação do uso emergencial da vacina contra o novo coronavírus e, assim, emplacar o pedido. Em um...
Em busca de um acordo com a Pfizer, o alto escalão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, afirmou aos representantes da farmacêutica que, caso necessário, a empresa pode justificar o descumprimento de parte das regras para a solicitação do uso emergencial da vacina contra o novo coronavírus e, assim, emplacar o pedido.
Em um dos principais pontos da negociação, a agência reguladora declarou ser possível, por exemplo, que a farmacêutica deixe de apresentar o quantitativo de doses que poderiam ser disponibilizadas ao Brasil. A Anvisa disse, ainda, que o guia com as regras tem "caráter orientativo" e, não, impositivo.
"Nessa oportunidade, ressaltou que a previsão da quantidade de vacinas a serem disponibilizadas é importante para agilizar o desembaraço aduaneiro, bem como a liberação de cada lote pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS. No entanto, essa informação não tem vinculação a eventuais estratégias de aquisição por órgãos do governo", explicou a agência, em nota enviada à imprensa para relatar os resultados da reunião.
A autarquia ressaltou, ainda, que cada pedido de uso emergencial será avaliado individualmente e pontuou que deve aproveitar, "sempre que possível, estudos e dados já apresentados a outros países, bem como os já submetidos à Anvisa por meio do processo de submissão contínua [necessário para o registro definitivo], sem a necessidade de retrabalho".
A Anvisa afirmou também que jamais exigiu, para o pedido de uso emergencial, análises dos dados clínicos específicos à população brasileira e dispôs-se a avaliar informações relativas a cidadãos de outras nacionalidades.
Na segunda-feira, o laboratório chegou a anunciar que havia desistido de pedir o uso emergencial depois da exigência de informar a quantidade de doses e o cronograma de disponibilização no país, mesmo sem contrato ou encomenda do governo.
Após reunião com a Anvisa nesta quarta-feira, porém, a Pfizer baixou o tom e alegou que vai reavaliar a decisão.
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Comentários (6)
SONIA
2020-12-31 22:58:44A Pfizer deveria mostrar o documento assinado pelos governos de primeiro mundo, isentando-a de qualquer responsabilidade no caso de 'dar ruim'.Mostra aí, Pfizer, a assinatura do Trump
Vasconcellos
2020-12-31 11:40:52É muito revoltante a postura da Anvisa. Eles acham muito natural a colocação das mais variadas dificuldades burocráticas para aprovar uma medicação tão urgente. A Pfizer, por exemplo, deve estar estarrecida com as exigências que está recebendo. Na verdade, devem estar dando boas risadas, já que os outros países estão absorvendo toda a sua produção. Enquanto isso, Bolsonaro revolta-se por que ninguém está pedindo autorização à Anvisa. Como sempre, o maluco não entendeu nada!
Jeferson
2020-12-31 09:34:59Enquanto dezenas de países já estão vacinando suas populações, o Brasil sequer tem seringas e agulhas. De quem é a culpa? Dos esquerdopatas ?
Roberto
2020-12-30 19:05:16E o famoso jeitinho brasileiro que casa tão bem com o atual governo.
Maria
2020-12-30 18:20:04O importante não é quantas doses eles podem fornecer e sim a somatória de doses entre os laboratórios. E que mostrem celeridade e competência para vacinar à população.
Jose
2020-12-30 18:13:08Kkkkkkkkkkkkk. Estão desesperados. O cerco está forte. Todos os países com campanhas de vacinação e o Brasil no desespero atrás de umas migalhas. Se o Dória não tivesse provocado a corrida pela vacina, o governo federal não teria nem se mexido. Mais uma prova de que o Bozo não se preocupa com as pessoas. É mesmo um genocida!