Do PSB ao PSL, deputados assinam carta com cobranças para candidatos da Câmara
Um grupo suprapartidário com quase 40 deputados federais elaborou uma carta com cobrança de compromissos do próximo presidente da Câmara dos Deputados. O documento é assinado por parlamentares de partidos como PSB, Novo, PSL, Cidadania, Podemos e até do PP. Na carta, os signatários cobram reformas internas, que permitam a democratização dos debates, uma melhor...

Um grupo suprapartidário com quase 40 deputados federais elaborou uma carta com cobrança de compromissos do próximo presidente da Câmara dos Deputados. O documento é assinado por parlamentares de partidos como PSB, Novo, PSL, Cidadania, Podemos e até do PP. Na carta, os signatários cobram reformas internas, que permitam a democratização dos debates, uma melhor organização dos trabalhos legislativos, além da inclusão na pauta da casa de projetos relevantes, como o fim do foro privilegiado, a PEC da Segunda Instância, o fim dos supersalários, a reforma administrativa e a privatização da Eletrobras.
“A escolha é de fundamental importância para a política brasileira, visto que o presidente da Câmara é o segundo na linha sucessória presidencial, além de ser responsável pela escolha dos projetos que vão entrar na pauta de votações da casa ao longo dos próximos dois anos, e decidir sobre a viabilidade de abertura de processos de impeachment e de comissões parlamentares de inquérito”, justificam os parlamentares signatários.
Entre os que aderiram ao documento estão todos os oito federais da bancada do Novo, Felipe Rigoni, do PSB, Kim Kataguiri, do DEM, Evair de Melo, do PP, Joice Hasselmann, do PSL, e dezenas de bolsonaristas, como Paulo Eduardo Martins, do PSC, e Carla Zambelli, do PSL.
Os parlamentares cobram uma reforma no regimento interno da Câmara que “garanta a previsão de mecanismos de obstrução mais inteligentes, o compartilhamento de decisões com o Colégio de Líderes, e a redução do número de comissões permanentes, atualmente em 25”. A carta de compromissos defende ainda a garantia do direito regimental de obstrução à minoria.
“Para isso, as mudanças regimentais devem focar no acréscimo do tempo de discussão das matérias e na diminuição do número de requerimentos procedimentais que pouco agregam ao debate. Cobramos que as decisões sejam compartilhadas com os demais líderes e não fiquem sujeitas apenas ao arbítrio do presidente da casa”, cobram os parlamentares que assinaram o texto. O grupo ainda tenta a adesão de outros deputados federais.
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Comentários (3)
Cleusa
2020-12-23 13:16:41Essa iniciativa é importante para todos os brasileiros. Tão importante que é a 1a vez que faço comentário aqui. Espero que realmente haja essa mudança e outras também necessárias. A Câmara tem votado, quando tira o que nos interessa da gaveta, contra os interesses do cidadão comum
ANTONIO
2020-12-23 12:42:48Muito bem! Se fosse de uns 400 deputados. Pra se ver como os canalhas não estão preocupados com o país. Apenas 40 gato pingado.
ANTONIO
2020-12-23 12:42:04Vale a intenção, vamos ver se passa!