Argentina se abstém de condenar Venezuela na OEA

A Organização dos Estados Americanos (OEA, foto) aprovou uma resolução nesta quarta, 9, condenando a eleição legislativa realizada na Venezuela no último domingo, 6.

O texto pede a rejeição da "eleição fraudulenta de 6 de dezembro, conduzida pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro com o evidente propósito de eliminar a única instituição legítima e democrática eleita na Venezuela (a Assembleia Nacional)".

A proposta, apresentada pelo Brasil, contou com apoio de 21 países, incluindo Estados Unidos, Uruguai, Chile, Canadá e Paraguai. A Argentina se absteve.

A Argentina também não assinou uma declaração de membros do Grupo de Lima divulgada nesta segunda. Na terça, faltou a uma reunião do Prosul para discutir o que fazer com a ditadora de Nicolás Maduro.

A postura vaga da Argentina é um reflexo das divisões dentro de seu governo. "O presidente da Argentina, Alberto Fernández, é um crítico moderado de Maduro, mas ele não chega a dizer que a Venezuela é uma ditadura", diz o cientista político argentino Orlando D'Adamo, da Universidade de Belgrano, em Buenos Aires. "Ele não faz isso porque sabe que isso magoaria a vice-presidente, Cristina Kirchner. Para ela, Maduro não é um ditador."