Candidatos a prefeito nas capitais já arrecadaram 193,8 milhões
Das arrecadações tímidas às que superam os milhares de reais, as campanhas de 276 candidatos a prefeito em capitais já amealharam 193,8 milhões de reais, a três semanas do primeiro turno das eleições municipais. Os dados constam de declarações ao Tribunal Superior Eleitoral, o TSE. A cifra, no entanto, pode ser ainda maior, pois 45...
Das arrecadações tímidas às que superam os milhares de reais, as campanhas de 276 candidatos a prefeito em capitais já amealharam 193,8 milhões de reais, a três semanas do primeiro turno das eleições municipais. Os dados constam de declarações ao Tribunal Superior Eleitoral, o TSE. A cifra, no entanto, pode ser ainda maior, pois 45 políticos ainda não prestaram contas.
Dono da campanha “mais rica”, o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis, agora candidato a prefeito com as bênçãos de ACM Neto, recebeu 7,7 milhões de reais. Cerca de 45% da verba — 3,5 milhões de reais — saiu dos cofres do DEM, por meio do fundão eleitoral. A bolada tem, ainda, dinheiro do PL, PSL, PDT e Republicanos, além de repasses do empresário Carlos Geraldo Calumby.
Reis gastou 1,04 milhão de reais em materiais impressos, como santinhos, adesivos e bandeiras. O candidato ainda investiu em “serviços prestados por terceiros”, produção de peças para a tevê e rádio, serviços advocatícios e desenvolvimento de jingles.
Na segunda colocação, está o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Bruno Covas, que tem 7,7 milhões de reais à disposição. A maior fatia — 5 milhões de reais — foi doada pelo PSDB. Entre os principais doadores aparecem ainda as direções do Podemos e do Progressistas, partidos que integram a coligação de Covas, e os empresários José Roberto Lamacchia e José Ricardo Rezek.
Até agora, Covas gastou 7,4 milhões de reais, equivalente a 96,8% do total. Com o maior tempo de propaganda eleitoral, o prefeito investiu 3,4 milhões de reais na produção de vídeos e de programas de tevê e rádio. Pesquisas de campo consumiram 1,7 milhões de reais. A publicidade por meio de materiais impressos ficou apenas na quarta posição entre as despesas, custando 321,8 mil reais.
Em Manaus, o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento arrecadou 6 milhões de reais, verba inteiramente injetada pelo PL. O ex-parlamentar já foi prefeito da capital do Amazonas entre os anos de 1997 e 2004. Se eleito, portanto, será a terceira vez que ele irá comandar o município.
Apesar da receita milionária, Alfredo gastou somente 143 mil reais desde o início da corrida eleitoral. Quase metade do valor — 60 mil reais — foi aplicado em “serviços de assessoria administrativa”. Com materiais impressos, como adesivos, o valor desembolsado chegou a 33,5 mil reais. No impulsionamento de conteúdos, no Google e no Facebook, o candidato aplicou 20 mil reais.
O TSE fixou o limite das despesas de campanhas antes do início do período eleitoral. O valor varia consideravelmente entre as capitais. Em Rio Branco, no Acre, os candidatos podem gastar até 252,9 mil reais no primeiro turno. Em São Paulo, a cifra chega a 51,7 milhões de reais.
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Comentários (3)
Vera
2020-10-27 10:51:01Malditos políticos ! Todos os dias a gente vê na TV famílias passando fome. Sem emprego sem nada ! E esses desgraçados desses políticos esbanjando dinheiro pra se elegerem e continuar nos roubando ! Cadê os guardiões da Constituição ?
KEDMA
2020-10-25 19:32:17É muito dinheiro jogado fora, sem retorno nenhum para a sociedade. 😠
MARCOS
2020-10-25 17:50:34Com essa "bolada" no bolso, prá que ser prefeito? será que consegue arrumar mais?